fevereiro 23, 2012

OLHAR OLEIROS - faz resumo do carnaval com fotos


O desfile do  carnaval em Oleiros, como noutros concelhos vizinhos, no dia 19 (domingo) com um dia de excelente sol e calor fazendo esquecer as temperaturas negativas que se faziam sentir nessas noites. Não se apresentaram ao desfile todas as associações que se tinham inscrito previamente, mas, mesmo, assim, considerou o vereador Vitor Antunes, não está nada mau.
Havia muita gente a assistir ao desfile e muitas crianças "vestidas de carnaval" centralizadas ali mesmo em frente dos Paços do Concelho.A moldura humana para este evento estava bonita com o "banco" (adro da capela do espírito santo) a servir de lugar também muito privilegiado para se assistir e tirar fotos.
Quanto ao desfile, este muito bom. Engraçado, fazendo rir as pessoas e sentia-se que os componentes das diversas representações viviam o momento. Muita sátira, muita crítica ao Governo, à Troika, à austeridade e entidades como Aníbal Cavaco Silva e Passos Coelho e muitas referências ao "emigrem".

A representação da Banda lá estava mais uma vez a abrir o desfile e muitos outros se seguiram.
Podendo esquecer algum (peço desculpa) mas lembro-me de uma boa representação do Vale de Souto abrindo com um antigo "carocha", da Pinhal Total com originais máquinas improvisadas a lenha (crítica aos preços da EDP e combustíveis) que nos obrigavam a fugir do fumo; uma representação do Lar da 3ª idade, com os mais idosos vestidos de anjinhos, bebés, ou coisa parecida; uma forte e muito crítica do GAIO (Grupo dos Amigos Incondicionais do Orvalho) que, na sua paragem frente a todos, apresentaram uma leitura de um questionário assente na crise que atravessamos e medidas tomada em que todos os acompanhantes respondiam de forma sonora. Foi pena, que durante a leitura as pilhas do seu megafone tenham deixado de dar força a este amplificador de voz. Mas ouvi, gostei e foi pena que nem todos pudessem ouvir. Tinham muitos elementos e a sua representação dividia-se em duas partes: à frente os nobres, mais abastados, os ricos e atrás uma representação numerosa do POVO. Uma placa separava as classes.
Outras representações desfilaram, mas quem o encerrava, não era o carro da vassoura não, mas dois carros alegóricos da pirotecnia oleirense. No primeiro, sentados bem no cimo, o rei e a rainha do carnaval, duas crianças/jovens, mas a rainha de carita tapada provocando a pergunta: quem será. Por dedução e porque a família se empenhou seriamente (mas de forma sempre carnavalesca), as pessoas mais conhecidas conseguiam saber. O segundo carro, o da magia, mostrando bem quem sabe o segredo de criar eventos (João Paulo e seus competentes familiares e empregados) colocaram na rua o mundo fantástico da fantasia e por todos os lados brotava fogo de artifício, papelinhos, rebuçados e sem complexos em se vestirem, mostrando-se maravilhosamente, mas com as cuecas não sei ainda de quem bem visíveis. À frente dos carros sempre muito dançantes e vestidas a rigor para o momento, ali seguiam as senhoras da mesma família porque, na pirotecnia, de uma família se trata.
As instruções para as "nossas escolas de carnaval" avançarem eram dadas pelas 5 ou seis coordenadoras responsáveis da Câmara Municipal que desempenharam bem o seu papel e, antes de terminar, chamaram todas as representações para a rua do desfile e incendiaram de alegria toda a gente com uma coreografia de danças que resulta perfeitamente. A ideia foi boa, porque todos puderam participar cantando, dançando por alguns momentos. Foi bonito!
E agora lá vem a apreciação nada positiva: Para um desfile desta natureza, a música que se ouvia da aparelhagem tinha de ser adequada ao momento. Mas não, foi sempre a chamada música de discoteca. Muitas pessoas criticaram. O amigo Vieirinha não conseguiu estar à altura, no meu entender, de criar alegria carnavalesca através do som. Mesmo quando o GAIO ficou sem o seu próprio som, podia ter sido disponibilizado um micro para que todos ouvissem o que foi dito e cantado. Foi pena. Um CD de músicas brasileiras com sambas e afins é o que aí há mais. Mas como a Pirotecnia tinha som próprio e do bom, todos se divertiram foi com essa. Um pormenor interessante é que estas carrinhas enfeitadas e com som já de noite e ainda circulavam em volta do pavilhão desportivo. Espírito, como já disse, é o que não falta a este pessoal. É mesmo fogo...
Resumindo: Um bom Carnaval em Oleiros, que não foi abrasileirado mas soube criar momentos muito engraçados e marcou data para o próximo ano. Parabéns a todos os organizadores e elementos do corso.

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