Dia 17 de fevereiro, sexta-feira, pelas 18h30
A Festa das Papas
de Florentino Vicente Beirăo
Florentino Vicente Beirão lançou o seu último livro A Festas das Papas de Alcains neste dia 17 de Fevereiro, às 18h30, na Biblioteca Municipal de
Castelo Branco. A apresentação esteve a cargo da Drª Maria Adelaide
Salvado.
A Festa das Papas no contexto dos bodos da Beira Baixa, pretende ser um ensaio de carácter histórico e etnográfico sobre a vitalidade de uma tradição religiosa que poderá remontar ao séc. XVII. O autor, ao longo desta obra, procura desvendar as origens dos bodos na Beira Baixa entroncando-os nas suas mais remotas raízes celtas e judaicas.
A Festa das Papas no contexto dos bodos da Beira Baixa, pretende ser um ensaio de carácter histórico e etnográfico sobre a vitalidade de uma tradição religiosa que poderá remontar ao séc. XVII. O autor, ao longo desta obra, procura desvendar as origens dos bodos na Beira Baixa entroncando-os nas suas mais remotas raízes celtas e judaicas.
Depois de apresentar os diversos bodos que se realizaram na Beira Baixa, sobretudo da raia e das encostas da Serra da Gardunha, a obra detém-se, sobretudo, sobre o secular bodo das papas de Alcains, procurando desvendar a sua origem local e as suas metamorfoses ao longo do tempo. Templários, milenaristas, monges, reis e rainhas, nobreza e povo săo protagonistas que aparecem ao longo deste livro, ligados a estes bodos que foram, tanto acarinhados, como proibidos pela igreja, por supostos excessos.
Nesta região da Beira os bodos estudados pelo autor, aparecem relacionados com as pragas de gafanhotos ou alguma intempérie local, momentos de aflição coletiva, que punha em perigo a débil vida das comunidades. Tratara-se de uma lógica de aliança – compromisso histórico e inter-geracional entre as comunidades e o transcendente, Deus e os Santos.
O autor assume ainda a tarefa de demonstrar, num estilo crítico e problematizaste que ainda será possível recuperar, com as devidas adaptações à modernidade, a estrutura celebrativa, sacro-profana destes rituais comunitários. Um secular calor identitário, património imaterial da Beira, um pouco adormecido, mas que importa valorizar pelos poderes públicos, pela igreja e pelas comunidades locais.
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