Soluções para inverter despovoamento
do interior
Participantes na conferência
Empreendedorismo Municipal
defenderam intermunicipalismo e
fortalecimento da iniciativa privada
Fortalecer a iniciativa privada e a
profissionalização da gestão, promover o intermunicipalismo e valorizar
os recursos diferenciadores de cada região são algumas das chaves para
conseguir o crescimento sustentável das regiões de baixa densidade e
inverter a tendência de despovoamento. Os participantes na conferência
“Empreendedorismo Municipal”, que se realizou em Proença-a-Nova, foram
unânimes em considerar que a interioridade é um conceito que está apenas
“nas nossas cabeças”, destacando a melhoria das acessibilidades como
fator que contribui para diluir as assimetrias.
Para o secretário de Estado da
Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Simões Júlio, a
solução passa pelo reforço das comunidades intermunicipais e pela
transferência de competências da Administração Central para a
Administração Local. Já o secretário de Estado adjunto da Economia, que
presidiu à sessão de encerramento da iniciativa promovida pelo Jornal do
Fundão e pelo Município, destacou o papel das autarquias como
agregadoras dos agentes locais, levando-os a participar de forma ativa
na reforma do país. António Almeida Henriques considerou que um dos
desafios no atual contexto económico é revitalizar o tecido económico.
“O país só irá sair da crise em que está
por via dos privados”, alertou o economista e antigo ministro Augusto
Mateus, que sublinhou estar esgotada a capacidade do Estado. O
contributo dos municípios estará na criação de condições atrativas para a
captação de empresas, com a “oferta de serviços facilitadores da
atividade” nos parques empresariais. Sustentando não ser por via de
reduções no IRC que se fixam empresas no interior, Augusto Mateus
considerou ser necessário reforçar a gestão profissional.
A introdução de portagens na A23 foi
destacada por Paulo Carpinteiro, um dos administradores do fundo de
business angels PNV Capital, e pelo presidente da Câmara de
Proença-a-Nova como entrave à mobilidade e fixação de empresas. “É
necessária uma discriminação positiva do interior e não negativa, como
aconteceu com a portagem”, alertou João Paulo Catarino.
Na conferência, que se realizou
sexta-feira no Centro Ciência Viva da Floresta, foram apresentados casos
de empresas que optaram por se fixar na região. É o caso do grupo
Generg, que promoveu o parque eólico do Pinhal Interior – o segundo
maior do país –, e da empresa de software OutSystems, que tem como
objetivo até Agosto aumentar para 40 o número de colaboradores no
escritório de Proença-a-Nova.
Em fase de instalação está o projeto
avícola Derovo II, que aguarda há seis meses um despacho para
desafectação da área ardida, da responsabilidade do governo.
Dirigindo-se ao secretário de Estado Almeida Henriques no momento em que
este entrava na sala, o CEO da Derovo, Amândio Santos, lamentou a
morosidade do processo e as dificuldades criadas ao nível do
licenciamento. - Informação do site do Município. Os destaques são da responsabilidade do Blog.
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