fevereiro 15, 2012

Conferência em Proença deu frutos muito positivos

Soluções para inverter despovoamento
do interior

Participantes na conferência
 Empreendedorismo Municipal
defenderam intermunicipalismo e 
fortalecimento da iniciativa privada




Fortalecer a iniciativa privada e a profissionalização da gestão, promover o intermunicipalismo e valorizar os recursos diferenciadores de cada região são algumas das chaves para conseguir o crescimento sustentável das regiões de baixa densidade e inverter a tendência de despovoamento. Os participantes na conferência “Empreendedorismo Municipal”, que se realizou em Proença-a-Nova, foram unânimes em considerar que a interioridade é um conceito que está apenas “nas nossas cabeças”, destacando a melhoria das acessibilidades como fator que contribui para diluir as assimetrias.


Para o secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Simões Júlio, a solução passa pelo reforço das comunidades intermunicipais e pela transferência de competências da Administração Central para a Administração Local. Já o secretário de Estado adjunto da Economia, que presidiu à sessão de encerramento da iniciativa promovida pelo Jornal do Fundão e pelo Município, destacou o papel das autarquias como agregadoras dos agentes locais, levando-os a participar de forma ativa na reforma do país. António Almeida Henriques considerou que um dos desafios no atual contexto económico é revitalizar o tecido económico.


“O país só irá sair da crise em que está por via dos privados”, alertou o economista e antigo ministro Augusto Mateus, que sublinhou estar esgotada a capacidade do Estado. O contributo dos municípios estará na criação de condições atrativas para a captação de empresas, com a “oferta de serviços facilitadores da atividade” nos parques empresariais. Sustentando não ser por via de reduções no IRC que se fixam empresas no interior, Augusto Mateus considerou ser necessário reforçar a gestão profissional.

A introdução de portagens na A23 foi destacada por Paulo Carpinteiro, um dos administradores do fundo de business angels PNV Capital, e pelo presidente da Câmara de Proença-a-Nova como entrave à mobilidade e fixação de empresas. “É necessária uma discriminação positiva do interior e não negativa, como aconteceu com a portagem”, alertou João Paulo Catarino.

         

Na conferência, que se realizou sexta-feira no Centro Ciência Viva da Floresta, foram apresentados casos de empresas que optaram por se fixar na região. É o caso do grupo Generg, que promoveu o parque eólico do Pinhal Interior – o segundo maior do país –, e da empresa de software OutSystems, que tem como objetivo até Agosto aumentar para 40 o número de colaboradores no escritório de Proença-a-Nova.
Em fase de instalação está o projeto avícola Derovo II, que aguarda há seis meses um despacho para desafectação da área ardida, da responsabilidade do governo. Dirigindo-se ao secretário de Estado Almeida Henriques no momento em que este entrava na sala, o CEO da Derovo, Amândio Santos, lamentou a morosidade do processo e as dificuldades criadas ao nível do licenciamento. 

- Informação do site do Município. Os destaques são da responsabilidade do Blog.

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