Para onde caminhamos?
Que maus exemplos nos vêm de cima !
Não concordo. Não que seja contra os direitos dos trabalhadores, mas porque se trata de uma entidade, embora juridicamente com estatuto de independente, intimamente ligada aos interesses nacionais. A crise não é para todos. Já não critico mais as greves dos pilotos ou técnicos, dos maquinistas da CP e outras que prejudicam em muito as receitas de empresas ainda públicas. A CGD anunciou que corta os subsídios aos seus funcionários. Mas nestes últimos dias tem vindo a público tantas situações consideradas de favoritismos (ou pelo menos parece), nas nomeações, e indicações para cargos que os portugueses desconfiam e também não credibiliza nada o Governo. São tantas e repetidamente que há muitas vozes dentro do PSD que afirmam a sua discordância nos jornais e televisões.
A confiança neste Governo tem ficado muito em causa neste período.
Todos entenderam e entendem que estamos a atravessar uma crise profunda, mesmo a nível internacional, que mais parece um deserto (para muitos sem água) que temos de "apertar o cinto" até ficarmos demasiadamente elegantes. Mas ,quando não sentimos o exemplo, o cumprimento do prometido em campanha, os cortes cegos que se fizeram e fazem e que os CM & CMD - Classe Média e Classes Mais Desfavorecidas - não entendem, quando outros políticos e técnicos (até das cores governamentais) afirmam haver outras alternativas, mal vai esta governação.
Já é tempo de avançarem com reformas, mas não conjuntos de medidas avulsas sem suporte de estudos e posso dar exemplos:
a) - A lei das rendas, uma bandeira já levantada pelo Governo. É fácil fazer leis, mas que exceções tiveram logo que ser admitidas? Quantos vão conseguir pagar e quem? É para ser como a do PS que só conseguiu mexer num punhado de casos?
b) - TDT - exigência pela troyca (que tudo exige sem sensibilidade). Mas o que pode sentir uma grande parte da nossa população que vive com uns magros euritos e agora foram (são) obrigados a fazer compras de aparelhos que, despesas adicionais, são ficam nada baratas para as pessoas. Analisem os casos concretos e vejam quantas pessoas ficam sem televisão durante algum tempo (até conseguirem dinheiro) para fazer estas mudanças.
c) - Na saúde, as confusões e discordâncias que vão para aí não abonam em nada a favor de uma reforma. Não é tanto a centralização de hospitais para otimizar custos e serviços especializados, mas e as urgências nalguns Centros de Saúde, especialmente no Interior, já é preocupante.
A afirmação que o PSD fazia durante o governo de Sócrates de "a crise não é só devida a fatores externos", aplica-se na íntegra agora com o PSD e CDS no Governo. Ou então, afinal é mesmo só exterior (falso) porque países como Espanha, Itália e agora até a França (hoje perdeu nota máxima) mas Portugal também caiu 2 níveis ao mesmo tempo.
É tempo de agir. Não pelo lado da receita através de impostos (cortes de salários, aumentos do IVA etc) que paralizaram milhares das nossas empresa e a economia sentiu-se bastante, mas noutras formas de alternativas. Vamos ao ditado popular "vão-se os anéis mas ficam os dedos (neste caso os ossos) e então os políticos dirigentes só estudaram formas de penalizar?. Parece que vão ser postas à disposição uns milhões para incentivo às Pequenas e Médias Empresas, especialmente as que exportam e os projetos ao nível do QREN têm também uma maior participação europeia, mas não basta.
E, já agora, os analistas (na televisão) que não andem a assustar ainda mais as pessoas afirmando que, se houver saída do euro, será lá para o fim deste ano e a estratégia terá de ser negociar tudo "pela calada" e de um dia para o outro, tudo mudou. Bem, muitos dos "grandes" já fugiram. Os "médios e pequenos" cá continuarão a gostar da sua bandeira, do seu hino e da sua pátria.
Os Governos? esses caem sempre. Nós votamos mas também pressionamos para a sua queda. É um direito que nos assiste , felizmente e podemos criticá-los em liberdade.
Nota adicional:
Já depois de colocarmos esta postagem, a AG (Agência Financeira da TVI/24, noticia que "Os administradores do Banco de Portugal abdicaram dos seus subsídios de férias e de Natal em 2012. Uma medida, entre outras, tomada pelo supervisor para garantir o pagamento do 13º e 14º meses aos funcionários, esclarece o BdP em comunicado enviado às redacções. Ler mais em
Nota adicional:
Já depois de colocarmos esta postagem, a AG (Agência Financeira da TVI/24, noticia que "Os administradores do Banco de Portugal abdicaram dos seus subsídios de férias e de Natal em 2012. Uma medida, entre outras, tomada pelo supervisor para garantir o pagamento do 13º e 14º meses aos funcionários, esclarece o BdP em comunicado enviado às redacções. Ler mais em
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