janeiro 17, 2012

Acordo na concertação social às 3 da manhã

Acordo na manhã do dia 17. Reunião iniciou às 09h00 do dia anterior

17 horas de reunião seguidas. Uma maratona que deu resultados (positivos ou negativos, conforme a situação de cada um), mas sinceramente eu acho que foi o acordo possível dentro de algumas propostas que eram claramente uma afronta para os trabalhadores. As férias passaram de 25 dias para 22? Mas esses três dias eram de prémio por assiduidade. Não vejo nenhum mal tendo até em conta que chegaram a ser anunciado um corte para 17 dias.
A meia hora de trabalho a mais caiu, como já tinha noticiado. Os representantes dos empregadores não a defendiam e os sindicatos muito menos.
Serão reduzidos 2 feriados civis e 2 religiosos (não são ainda indicados quais), Mas a UGT está totalmente contra a anulação do 5 de Outubro. Num momento em que se exige mais produtividade parece-me uma medida acertada.
Ficou ainda estabelecido que existirá um período anual de férias remuneradas com a duração mínima de 4 semanas. Este assunto, como o das pontes e férias não estão totalmente fechados porque, segundo a UGT, o patronato tem feito pressão para poder haver uma redução até 20% de horário e remuneração.
Ficou ainda acordado que os empregadores podem reduzir horas de trabalho em períodos de menos encomendas ou de menos necessidade e poderem aumentar essas horas de trabalho nos períodos com maior trabalho.
As alterações foram muitas e "duras para os trabalhadores", mas foi o acordo possível que, nesse aspeto cumpre o acordado com a troika e abre portas a mais dinâmicos subsídios na área da agricultura (jogando com utilização de dinheiros do QREN desde que a Bruxelas autorize). Mas, o melhor é ir estando atento às notícias que vão ser escalpelizadas nos blocos informativos das televisões e jornais, já que às três da manhã é que houve fumo e eu a assistir sentado no sofá...
Há muita matéria importante que foi alvo de alteração e que os trabalhador (e patronato) devem ir acompanhando. O acordo será assinado esta quarta-feira, possivelmente com a presença do Primeiro Ministro, Passos Coelho.
A CGTP não estará presente porque abandonou a reunião da concertação, mas como isto acontece repetidamente é caso para perguntar: se não fosse a UGT a ficar a discutir e defender os interesses possíveis dos trabalhadores, como era?

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