Autarcas do Médio Tejo apelam por justiça recorrendo a ação
popular conjunta e ao Provedor de Justiça
A Presidente e o Vice-Presidente do Conselho Intermunicipal
MEXEM-SE AS COMUNIDADES
DEFENDEM DIREITOS DAS POPULAÇÕES
Os
Presidentes das Câmaras Municipais do Médio Tejo, reunidos nesta sexta-feira 14/2/2014 na
reunião do Conselho Intermunicipal, perante a aprovação do diploma
que procede à regulamentação da Lei da Organização do Sistema
Judiciário e estabelece o regime aplicável à organização e funcionamento
dos tribunais judiciais, deliberaram por unanimidade:
· Instaurar
uma ação popular, visando a defesa dos interesses das populações, a
qual será subscrita pela totalidade dos municípios, bem como, pela
Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo enquanto entidade institucional representativa desta região;
· Aspecto geral da reunião da CIMT - Presidentes de Câmara
Apresentar
queixa ao Provedor de Justiça, nos termos do artigo 23.º, n.º 1, da
Constituição, considerando a necessidade de salvaguardar o direito
fundamental de acesso à justiça, que claramente é colocado em causa com a
presente reforma.
Para
além do repúdio do encerramento dos tribunais de Mação e Ferreira do
Zêzere, a passagem do tribunal de Alcanena a mera seção de proximidade, e
o desmantelamento do atual círculo judicial de Abrantes, está em causa o
grave esvaziamento de competências de âmbito criminal e civil em toda a
região do Médio Tejo, pondo em causa o acesso à justiça por parte das
nossas populações.
Para
além de provocar a perca de processos do Alto Alentejo, como até agora
acontecia, esta reorganização fomenta, a dispersão e a não fixação de
muitos técnicos na região, incentiva o desinvestimento, nomeadamente de
empresas, especialmente num dos pólos estruturantes do Médio Tejo,
conhecido pelas suas infraestruturas ligadas à tecnologia, logística,
formação e infraestruturas empresariais.
Por
esse motivo, e como mais uma vez é posto em causa o desenvolvimento do
interior do país, no presente caso da região do Médio Tejo, os autarcas
do Médio Tejo apelam por justiça, na defesa dos interesses legalmente
consagrados no direito à justiça igual para todos, exigindo que sejam
mantidos os tribunais existentes e rejeitando liminarmente a reforma do mapa judiciário para esta região.
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