julho 15, 2011

ELEVAÇÃO DE HOMENAGEM AO MAIS ILUSTRE OLEIRENSE

Durante muito tempo em Oleiros a homenagem a este ilustre oleirense estava representada numa inscrição constante numa grande pedra no jardim da Devesa, frente aos Paços do Concelho. Diga-se que estava muito bem, não havendo estátua nesta Vila. Agora, com os melhoramentos dos espaços envolventes do edifício, incluiu-se uma estátua num espaço digno. A inauguração é amanhã, pelas 21h30 e podemos aqui transcrever o que a Câmara (Informação) diz:

Estátua em homenagem ao Padre António de Andrade vai ser descerrada e benzida no próximo Sábado

"Durante a inauguração da nova zona envolvente aos Paços do Concelho, no próximo Sábado, pelas 21h30m, vai ter lugar a cerimónia de descerramento e bênção da estátua de homenagem ao Padre António de Andrade, colocada em destaque em frente daquele edifício. A cerimónia terá lugar na Praça do Município, após a missa que vai ter lugar em sua honra. Pelas 20h30, na Igreja Matriz. Este é um elemento de arte pública da autoria do escultor José Leitão de Paula representando mais um tributo que o Município presta a esta ilustre figura da História, nascida em Oleiros no século XVI e tido como uma das figuras mais universais da História do concelho.
Considerado um dos Grandes Portugueses, em Oleiros, o seu legado está bem presente na perseverança das gentes locais e no memorial situado no Jardim Público, numa homenagem dos seus conterrâneos. Nascido em Oleiros em 1581, é considerado o primeiro ocidental a atingir o Tibete, no ano de 1624. Consta que o Rei, após algum tempo e dos esforços diplomáticos do padre Oleirense, parece ter mostrado interesse para com a religião cristã, acabando por autorizar não somente o retorno dos padres, como lhes prometeu permitir o estabelecimento de uma missão em Chaparangue, no ano seguinte. Vem a falecer em Goa, em 1634, supostamente envenenado, quando se preparava para regressar ao Tibete. Recorde-se que o Padre António de Andrade, para além de escalador dos Himalaias, notabilizou-se como descobridor do Tibete.
A obra escultórica baseou-se em algumas descrições da fisionomia e dos hábitos do padre jesuíta, tendo havido a colaboração da Companhia de Jesus nesse sentido. Segundo um retrato a óleo existente, partindo de uma descrição do Bispo d´Angra, D. João Maria Pereira d´Amaral e Pimentel, António de Andrade aparece representado “com o rosto ovado, cabelo e sobrancelhas pretas, assim como os olhos e barba, que é cortada à tesoura e com bigode; vestido com roupeta de jesuíta, com o chapéu na mão, contas ao pescoço, suspendendo nelas pelo dedo polegar o braço esquerdo; os olhos são vivos e com o cabelo cortado rente, tendo como um ângulo dele sobre a testa”.

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