junho 30, 2012

AUTARCAS DE COSTAS VOLTADAS COM A MINISTRA


A MINISTRA NÃO RECEBEU OS AUTARCAS?


Mal vai um país em que a srª Ministra da Justiça não recebe a delegação dos autarcas que, por iniciativa da ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses – desfilava muito pacificamente tendo como objetivo manifestar a sua discordância do encerramento dos 54 tribunais conforme consta nas Linhas Estratégicas para a Reforma da Organização Judiciária. 

Os nossos ELEITOS só queriam ser recebidos. São responsáveis, gerem concelhos, parte do território nacional, mas não. Um funcionário apareceu para lhes comunicar que somente poderiam entrar dois elementos e seriam recebidos somente pelo chefe de Gabinete. Os autarcas recusaram e bem. Preferiram delegar a missão de entregar o texto que era para ser entregue diretamente com Paula Teixeira da Cruz. Foi quando centenas de manifestantes se concentraram frente ao edifício do Ministério da Justiça e juntos acabaram por dar um verdadeira vaia à ministra.

Os nossos eleitos, o secretário-geral da ANMP e o seu vice-presidente não deixaram de pronunciar o seu descontentamento, a desconsideração de que foram alvo. Segundo o jornal Público, o “Vice-Presidente da ANMP defendeu ontem o corte de relações institucionais com Teixeira da Crua depois de esta se ter recusado a receber em pessoa os presidentes de câmara que se manifestaram em Lisboa”. No entanto, o presidente da câmara de Boticas (PSD) acabou por colocar alguma água na fervura e afirmou àquele jornal “os nossos raciocínios a quente nunca são bons”.

Perante toda esta situação o ministério veio a público através de comunicado onde se afirma não se perceber “razão de protestos públicos, agora organizados e promovidos pela ANMP, quando está em curso um amplo debate público”.
Paula Teixeira da Crus diz-se disponível para reunir com a ANMP e com os presidentes de câmaras onde se conclua pela necessidade de proceder ao encerramento dos respetivos tribunais. Mas após o período de discussão pública, afirma a mesma fonte.

A verdade é que o Poder Local esteve insatisfeito e depois revoltado no Terreiro do Paço. Voltaram aos seus municípios mas indignados. Com razão.

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