Miguel Relvas fez o que já deveria ter feito há muito tempo. Completamente desacreditado, prejudicando, no meu ver, o próprio Governo, apupado em todos os lados nomeadamente por estudantes, quer como governante, quer quanto ao processo do "curso" com equivalências que a comunicação social e comentadores de estações de TV consideraram esquisitas. O relatório desta questão já está há dias nas mão do Ministro da Educação.
As fortes críticas internas no PSD, os comentadores "de peso" do próprio partido, a remodulação governamental imperiosa que se avizinha levou-o a alegar razões pessoais e familiares para desistir. Admitiu que se sentiu muitas vezes só no Governo: «Perdoar-me-ão: tenho consciência de ter contribuído algumas vezes num caminho quase solitário
para a formação eleitoral do PSD», para a «ação deste governo» e para
alcançar melhores condições para «os nossos filhos e netos».
Não é o primeiro governante a demitir-se deste Governo. Outros se seguirão ou terão de pertencer ao lote dos remodeláveis. É assim, o peso da moção de censura (que parece todos dizem que não teve peso), a decisão que será conhecida do Tribunal Constitucional, a crise que aumenta, a austeridade fortíssima como forma de governar, levam a cair o muro que não conseguirá resistir aos tempos políticos maus que tem decorrido e aí vêm.
Como ministro penso que não vou ter de o aturar mais, enquanto eleitor, português, cidadão livre.
foto de JOSÉ SENA GOULÃO / LUSA - TVI24
Sem comentários:
Enviar um comentário