novembro 28, 2011

Excelente cerimónia da C. C. Sertã - Homenagens


No passado dia  26 (Sábado) a Comarca da Sertã em Lisboa levou a efeito um almoço homenagem  a todos os naturais dos municípios da Sertã, Vila de Rei, Proença e Oleiros, mas especialmente às figuras seguintes figuras regionalistas:

Américo Pereiro de Almeida, da Gaspalha, Alvaro, Oleiros
José Ribeiro Farinha de Proença-a- Nova
José da Mata Vaz Serra do concelho da Sertã
Alberto da Silva Barata de Vila de Rei.

O salão esteve cheio de pessoas que mais uma vez lhes foi servido o almoço regional por parte da firma Santos e Marçal, da Sertã e foi motivo de reencontro para muitos pessoas destes quatro concelhos que, desta forma, acabam por se aproxima cada vez mais.
Foi no final do almoço que teve lugar a cerimónia de homenagem, tendo o Presidente da Direção da Casa Eng. Pedro Amaro explicado a forma como iria decorrer a cerimónia e tecendo algumas considerações gerais sobre as figuras em destaque para homenagem. Tendo em conta que estavam presentes autarcas de Câmaras Municipais, nomeadamente, os Vice Presidente, João Manuel Ventura Gil de Melo Lobo e o Vereador da Cultura da CM de Proença, João Pereira Crisóstomo Manso o primeiro usou da palavra numa intervenção sucinta mas suficiente onde usou palavras para salientar a figura do pintor  José Alberto Farinha afirmando mesmo que se trata “de um embaixador vivo da cultura de Proença”. Informou também que o Presidente da CM não estava presente porque teve de se deslocar ao Brasil. 

Câmara de Oleiros atribui medalha do Município
a Américo Pereira de Almeida

Seguidamente foi dada a palavra ao Presidente da CM de Oleiros, José Santos Marques, que numa intervenção de reconhecimento pela pessoa e obra regionalista de Américo Pereira de Almeida (ausente da sala por motivos de saúde, mas representado pelo seu filho) lembrou o empenho e papel  importante  que o homenageado dedicou à causa pela construção da Ponte sobre o Zêzere, que hoje é conhecida por ponte de Álvaro. Nessa altura era então José Marques Vereador da Câmara e o Presidente Fernando Luís (já falecido), a quem JM atribuiu um excelente trabalho na defesa da construção da ponte “pois
deslocava-se ele frequentemente aos Ministérios sempre acompanhado de pessoas da Comissão, inclusive representantes da Pampilhosa da Serra” .  Foi uma obra que marcou, que ficou e é muito útil, adiantou o autarca. Lamentando a situação de pouca saúde do homenageado e salientando o seu exemplo de empenho, carácter e regionalista, disse que naquele momento ia entregar ao filho a medalha do município, por isso ter sido deliberado em reunião de Câmara. Assim foi feito.

Foi a vez então de intervir o autarca da Sertã, da Assembleia Municipal, Celso Fernando Martins da Silva. Falou, evidentemente do Dr. Alberto Barata, considerando-o “um cidadão de corpo inteiro, com muita integridade valor, rigor ético e dignidade”.  Afirmou  também que o mesmo “ultrapassou as fronteiras do regionalismo”. Falou do homenageado com conhecimento e aproveitou para tecer algumas considerações acerca dos outros homenageados. Quanto a Américo Pereira de Almeida, entre outras coisas, disse: “um dia levou-me a Álvaro e fiquei seduzido com a beleza local. Ainda hoje gosto muito.  Foi um homem que viveu sempre com Álvaro debaixo do braço.” Já quanto a José Mata Vaz Serra, rasgou-lhe os maiores elogios, “precisamos de homens visionários como ele, se aparecessem homens como este, teríamos dias melhores”. Sentindo-se “como peixe na água”, Celso Fernando da Silva, falou com conhecimento terminando com a afirmação de que “estamos aqui  para sublinhar não só um momento de  certa amizade, mas também um acto de amor”.

Pedro Amaro, presidente da CCS que presidia, perguntou então se algum dos presentes queria falar sobre os homenageados. Manuel Cunha (Amieira – Oleiros) interveio com a sua simplicidade mas muita precisão e conhecimento, utilizando um bloco de postits na mão, teceu boas considerações sobre o amigo regionalista dinâmico Américo Pereira de Almeida. Considerou-o “o pilar nº 1 na defesa da construção da ponte”, falou de vários episódios demonstrativos desse facto afirmando que “a carteira de APA andava sempre à frente”. Indicou vários exemplos. “Este homem de Janeiro de Cima, mas que casou para a Gaspalha, fez há um mês 79 anos e infelizmente não podemos contar com ele aqui presente, o que lamentamos” – disse. É uma honra estar hoje na cerimónia que o homenageia. Depois de de dizer uma frase que repete algumas vezes “os amigos não se compram, não se vendem, estimam-se” terminou dizendo que não sendo de Oleiros, casou e adotou logo esta terra como sendo também a dele e quanto ao regionalismo (que estava em homenagem nesse dia) afirmou, “entrei no regionalismo como uma mosca cai numa teia de aranha, nunca mais de lá sai”. O Manuel Cunha é mesmo assim. Gosta e pratica.

Falou ainda Irene Cardoso para enaltecer o pintor José Alberto Farinha, dizendo que quando era miúda sentia, como outros que ser pintor naquela terra era assim “uma pessoa distinta”. Um pintor de cores fortes, uma pessoa que, para ela, sem dúvida nenhuma merecia ser homenageada. Fez sentir a importância de haver momentos destes onde se pode reconhecer figuras como os estavam a ser homenageados.

A Entrega das Medalhas

Finalmente o Presidente da “Casa” fez a entregue das placas comemorativas da homenagem a três dos homenageados e ao filho do Américo de Almeida.

 














 

E as concertinas que chegaram
atrasadas, mas os tocadores não desistiram

Mário Oliveira da Sertã
Luís Cardiga de Vila de Rei

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