outubro 19, 2011

CGTP e UGT vão paralisar Portugal dia 24 Novembro

As duas centrais sindicais, em reunições de líderes Manuel Carvalho da Silva e João Proença  neste dia 17, decidiram marcar para o dia 24 de Novembro um paralisação tota, precisamente um ano depois da que efetuaram juntas o ano passado.Seguem-se agora as adesões de outros sindicatos e, nesse sentido, "o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde anunciou que vai aderir à greve. Entretanto, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, afecto à CGTP, emitiu um comunicado a contestar “a destruição dos Acordos de Empresa” e a apelar à participação na greve pela “pela manutenção da componente pública e social do sector ferroviário”.
Vai ser um dia de luta dos trabalhadores que imaginamos de grandes proporções e que pretende ser um aviso sério ao Governo. O caminho da austeridade como está a ser trilhado não agrada já a ninguém, excepto a quem nunca sentirá austeridade.
É verdade que os portugueses até entendem que têm de contribuir para voltar a erguer o país, mas pagar, pagar e mais pagar, sem ver quem lhes apresente algumas das razões fundamentais que não seja "pagar a dívida", não acreditam nas capacidades de um governo assim. Cortar é fácil numa situação destas, mas todos sabem a história do burro, que o dono lhe foi reduzindo dia a dia um pouco da ração até que o burro morreu.
Os políticos que façam leituras, que saibam ouvir (nunca souberam e acho que jamais aprenderão neste modelo instalado). Deixem-se de divergências politiqueiras. Deixem-se de distribuir cargos "aos seus", deixem-se de vir para as televisões fazer discussões iguaizinhas às doutros tempos. Atenção aos movimentos mundiais. Atenção à juventude descontente, aos funcionários públicos, à fome ao desamparo.
Houve quem escrevesse que as soluções para as crises ou aumentos demográficos foram sempre guerras, epidemias ou fenómenos da natureza.
Isto atingiu quase o mundo inteiro (alguns já vivem na miséria há muitos anos). Agora até a França já foi informada que vai perder a notação máximo nos próximos dias...
Ñão foi só Sócrates, Sapatero, Berlosconi, Papandreou que tiveram culpa. Nem Bruxelas com todos os cérebros a funcionar (?) conseguem soluções imediatas ou convincentes.  Lembro-me muito bem do "milagre europeu" de que a Espanha era protagonista, mas agora está como está.
Mas em democracia, o povo pode e deve participar com o voto mas também manifestando o seu descontentamento. É o momento que estamos e vamos viver.
Deus queira que haja sempre o bom senso de não se fazerem loucuras nas manifestações. A destruição só prejudica terceiros e os próprios. É que, o "povo só é sereno" se não tiver fome ou não o respeitarem!

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