fevereiro 13, 2011

PROENÇA-A-NOVA EXPÕE TRABALHOS DE COSTURA

Quarta-feira é dia de costura em Atalaias
Trabalhos feitos pelas mulheres da aldeia, alguns num curso de bordados e Arraiolos, estão expostos no auditório municipal

As mãos enrugadas de Maria dos Anjos Matias entrelaçam a toda a velocidade fitas vermelhas e amarelas. Em pouco tempo ficará pronta uma rodilha, um entre os muitos trabalhos de costura que todas as
quartas-feiras à tarde mantêm animado o Pólo de Atalaias da Biblioteca Municipal. Algumas das peças, juntamente com bordados e tapetes de Arraiolos feitos durante um curso organizado em Maio passado no Pólo, estão este mês em exposição no auditório municipal.
Maria do Carmo Antunes, que tem duas peças na exposição, fez quase todos os cursos promovidos pela biblioteca. “É um convívio, ao mesmo tempo que vou aprendendo”, comenta. “Já fiz cursos de bainhas abertas e de Arraiolos. Nunca é tarde para aprender.” Sentada no lugar em frente, Graça Barata fala do tapete e da almofada que fez e estão expostos no auditório e conta que já se vai “desenrascando” a fazer Arraiolos, graças à acção de formação. 
O hábito de as mulheres da aldeia se juntarem de agulha e dedal na mão tem-se mantido, quase sem interrupções, há cerca de um ano. Tudo começou com a realização de trabalhos para vender e ajudar a associação da terra. O grupo foi tomando o gosto e continua a fazer almofadas, bolsas, rodilhas, saquinhos para as molas… “São trabalhos de velhas”, diz uma delas entre gargalhadas.
Natividade de Jesus e Adelaide Cardoso, que aos 84 anos são as mais velhas do grupo, preparam tiras de tecidos coloridos que Fernanda Ribeiro há-de juntar e coser à máquina. “Faz de conta que a Fernanda é a mestra e nós somos as aprendizas”, brinca Adelaide. “Estas tardes são bocadinhos que vimos para aqui fazer barulho, umas com as outras.”
Bordar com Arte em Atalaias foi o nome escolhido para a exposição no auditório, em Proença-a-Nova. Um motivo de orgulho e um incentivo para continuarem a juntar-se, mesmo quando as queixas de saúde dificultam o trabalho. “Eu ando mal dos ossos e digo sempre que não venho. Mas ao fim apareço e vai-se fazendo”, remata Maria dos Anjos Matias. " - informação na página do Município

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