fevereiro 25, 2011

POR RUAS DE VILA DE REI


Já passei centenas de vezes por Vila de Rei, mas nunca tinha disponibilizado algum tempo para conhecer a Vila. Aqui há dias, fui propositadamente para me aperceber da realidade desta terra de costumes muito idênticos aos da minha e senti-me como que em casa. Não é que não tivesse já almoçado várias vezes aqui, mas ficava-me pela Albergaria e outras vezes tomava só o café um pouquinho mais dentro da Vila.
Desta vez subi, desci, falei com pessoas, apreciei realidades que desconhecia e
mudei completamente a minha opinião, para melhor. Encontrei logo à entrada uma Biblioteca Municipal muito bem recheada e com excelentes condições. Visitei-a e senti logo que tinha valido a pena ter feito um pouco mais a rotunda e entrar por ali. Na altura, ainda ali estavam expostos os presépios e reparei no Auditório estrategicamente bem situado e as pessoas que desempenham aqui o seu trabalho foram de uma simpatia digna de acentuar agora aqui.
Saí. Olhei para o outro lado e questionei pessoas que passavam que “casinhas” eram aquelas ali em frente à Biblioteca. Claro que mostrei logo não ter ido às Feiras que se vão realizando em Vila de Rei. A resposta foi quase essa mesma: “então, não sabe, estas casinhas são para apoio às feiras que se fazem ali atrás, porque dantes eram umas barracas, mas agora foram feitas já a pensar no definitivo”. Realmente, atrás delas, ali está um espaço privilegiado para essas iniciativas. Segui. Subindo e apreciando. Até que cheguei à bonita igreja matriz, situada bem lá no alto. Demorei-me na visita e tirei algumas fotografias porque valia a pena. Entrando no templo gostei do que vi e senti. Bonita, agradável e vale mesmo a pena visitar. Com vitrais significativos e todo o interior se baseia “numa linha simples e moderna”, ampla e acolhedora. Do adro vê-se parte da Vila com boas vistas e só não fiquei mais tempo porque nesse dia estava muito frio e vento de meter medo. Fui ver a igreja velha, como os vilarregenses me diziam e desci por rua estreita mas com motivos de interesse, capela, simbólico fontanário com a inscrição “DÁ-ME DE BEBER” e bem pertinho o restaurante “O Cobra” com pratos regionais.
A igreja de Santa Maria situada também na parte antiga e que a anterior era a antiga Igreja Matriz desconhecendo-se a data da sua construção, mas o que se pode ler é que entre o século XVI e XVII. Aquando das invasões francesas, as capelas e igrejas eram transformadas em cavalariças e, algumas vezes, destruíam o edifício.  No entanto, (Wikipédia), passadas duas décadas de autêntico abandono (anos 70 e 80 do séc. XX) tudo foi reduzido a ruína, vindo a ser reconstruída, mas já sem a anterior riqueza do seu interior
Continuei a visita ao interior desta Vila bem no Centro geodésico de Portugal, verificando que o Quartel dos Bombeiros há muito está no local ideal para saírem de emergência e que a zona industrial e parque escolar, com edificações recentes, entendem-se do lado esquerdo da estrada que liga esta Vila à Sertã. Do lado direito, emergiram várias vivendas novas que, acabam por dar uma outra dimensão à própria Vila. Mas antes de fazer este percurso para Oleiros, detive-me na Albergaria Dom Dinis, onde à entrada recebi algumas informações mais de dois guardas da GNR, simpatiquíssimos. Almocei então aqui. Já não era a primeira vez, mas antes com outra administração, uma vez que agora quem tem vindo a assumir a gestão da Albergaria são dois antigos empregados, quando a mesma pertencia à sociedade “Santos e Marçal”, da Sertã, que na nossa região muito tem contribuído para o desenvolvimento da mesma, nomeadamente através da oferta de serviços de casamentos e afins.
Na Albergaria não faltam os pratos tradicionais e, a simpatia, é o melhor prato que servido à mesa.
Uma palavra final para os Passos do Concelho, bem situados, com acessos fáceis e que, cá no fundo parece abrir as portas e janelas, logo de manhã, a toda a Vila. Quanto ao Centro Geodésico de Portugal, situa-se a praticamente dois quilómetros do Centro da Vila e no sentido da Sertã. Existe sinalização na estrada indicando “Picoto da Melriça” e “Centro Geodésico de Portugal”, cujo acesso é fácil e numa extensão de 900 metros. Aqui existe um museu que, me dizem valer a pena visitar, mas neste dia de frio já não me atrevi a fazê-lo. O site do Município indica que o museu se compõe de sala de exposição temática, pequeno auditório, loja de recordações e bar, sendo considerado um espaço de referência para o concelho. Quanto ao número de visitas, a informação da autarquia afirma que em 2009 passaram por este lugar 19.984 pessoas, enquanto  que,  relativamente a   2010, afirma-se que “dezenas de milhares de visitantes” não indicando o número concreto.
Finalizo este apontamento com elogios para a preocupação em ter cuidado a via (estrada), tanto nas rotundas como nos separadores centrais. Especialmente nas estações da Primavera e Verão, todas estas partes merecem registo e aplauso.   

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