abril 30, 2012

CGTP e UGT com comemorações do 1º de maio em separado

Depois da UGT ter assinado em Janeiro o acordo tripartido na concertação social, a distância entre as duas centrais sindicais tornou-se maior, não havendo acordo agora para as comemorações do dia 1 de maio, dia do trabalhador. Nos últimos dias a UGT ameaçou "rasgar o acordo" e o Governo teve que receber Proença de Carvalho para uma conversa sobre as questões que este dirigente tem vindo a criticar vivamente, especialmente as medidas que estavam a ser tomadas para além do acordo. No entanto, e para bem de alguma serenidade, o dirigente acabou por dar mais uma oportunidade ao Executivo de maioria PSD/CDS.

Assim, amanhã, comemoram o 1º de Maio em lugares separados (os do costume) :
- A UGT tem marcada concentração para as 14h30 no Marquês de Pombal e desfile até aos Restauradores;
- A CGTP com concentração no Martin Moniz e desfile até à Alameda D. Afonso Henriques
- Pelo país existirão muitas comemorações deste dia e, este ano, todas com os mesmos objetivos, porque os problemas são comuns.
As contestações têm temas muito alargadas que passam por 

      > O famigerado corte das reforças feito em completo secretismo:
      > O grave problema do desemprego nomeadamente dos jovens que,
             em finais de Dezembro,atingiu a cifra de 35,4% nos jovens;
      > Os recentes cortes no RSI e subsídios de doença
      > As taxas moderadoras (que o Governo, mesmo hoje alargou o prazo
         de pedido de isenção (não deve ter sido por acaso)
      > os cortes recentemente efetuados nos subsídios de desemprego
      > O aumento estrondoso do IMI que terá reflexos muito negativos
         no interior onde existem muitos milhares de casas de 2ª habitação
         e, na verdade só somente elos de ligação à sua terra natal.
      > O aumento do IVA de 6% para 13% e de 13% para 23%
      > O corte de salários, do 13º e 14º mês que agora, a sua possível
         retoma (já ninguém acredita) foi atirada para 2018
      > O aumento da água, do gás e da luz, etc


A esperança foi-se perdendo e já ninguém acredita neste Governo, que tem de tomar medidas mas tem sido sempre pelo lado da despesas nas questões de salários, pensões e da SNS e pelos impostos diretos (IVA, IRS, IMI).
Amanhã estão na rua vozes que não contestam em vão nem por qualquer motivo partidário, mas porque lhes foram retiradas as condições mínimas a que têm direito. E, este Governo caiu para baixos índices de popularidade, bem como o Presidente da República o que também não deixa de ser preocupantes. 
O anterior episódio nas celebrações do 25 de abril houve sinais determinados e se muitos criticaram, centenas de milhares, talvez milhões, podem ter concordado. 
Enfim, que seja um bom 1º de maio, até porque é um dos feriados que não foi cortado e este é daqueles que nunca poderá ser encostado ao fim de semana. 1º de maio é comemorado é todo o mundo livre e, claro, neste dia.




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