Atelier realizado no Centro Ciência Viva contou
com grupo da Faculdade de Belas-Artes
da Universidade de Lisboa
Três dezenas de pessoas participaram, no
fim de semana, no atelier de medalha contemporânea que se realizou no
Centro Ciência Viva da Floresta. “Florestas na palma da mão” foi o nome
dado à iniciativa, que resultou na criação de medalhas alusivas ao tema,
recorrendo sobretudo a barro, gesso, resina e outros elementos
naturais. Maioritariamente constituído por alunos da Faculdade de
Belas-Artes da Universidade de Lisboa, o grupo contou com participantes
do público em geral, já que era uma ação aberta a todas as pessoas com
interesse pelas artes.
A manhã de sábado começou com uma aula
em que a professora Andreia Pereira abordou a relação entre a escultura
de grande formato e a medalha, mostrando peças com uma grande ligação à
natureza. A chuva obrigou a substituir a saída de campo inicialmente
prevista por uma visita ao Centro Ciência Viva, com atenção a todo o
material vivo que está exposto, tendo sido disponibilizados objetos como
folhas, troncos ou bolotas, para decalque e utilização direta.
“A resina natural é um material com o
qual os alunos nunca tinham trabalhado e foi muito interessante”,
explica Andreia Pereira, destacando as diferenças de plasticidade e
cores relativamente às resinas sintéticas. Experimentar as
matérias-primas foi uma das mais-valias da experiência, mas a professora
destaca igualmente a importância de deixar que os alunos saiam do
ambiente habitual de trabalho. “Foi uma experiência fantástica e muito
produtiva, ficámos com toda a vontade de repetir”, assegura.
Entre os participantes estiveram quatro
estudantes estrangeiros, do programa Erasmus, o que permitiu também
alargar a visão que têm do país e da ligação entre as universidades e a
comunidade. Andreia Pereira sublinha ainda a abertura de portas para
eventuais contactos futuros com turmas do ensino básico no concelho.
Isto porque a participante mais nova frequenta o primeiro ciclo e ficou
confirmado que o trabalho em medalhística “é fácil de desenvolver, em
termos técnicos e plásticos”.
Durante a tarde de domingo, após a finalização das peças, o grupo da
Faculdade de Belas-Artes visitou a praia fluvial de Fróia e a Aldeia do
Xisto de Figueira. Participou também na iniciativa o coordenador da
Secção de Investigação e de Estudos VOLTE FACE – Medalha Contemporânea,
da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, João Duarte,
organizador da exposição patente até final do mês na cafetaria
municipal.
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