maio 09, 2012

Os sinos tocam na Europa

1 - Se as eleições de Hollande em França vieram chamar ainda mais a atenção que este modelo de capitalismo está completamente esgotado e a solução não está em tanta austeridade, as eleições da Grécia enervaram todos os líderes europeus porque a confusão dos resultados eleitorais foi tanta que está a tornar-se problemática a formação de Governo.
Depois da recusa do partido mais votado em
formá-lo, por entender que a miscelânia seria tanta que ficaria um governo sem condições de governar, atualmente está a extrema esquerda - que nestas eleições disse não à Troika e a tanta austeridade e desemprego - que também não é provável vir a conseguir coligação que tenha o número de deputados necessários. O Partido Comunista distanciou-se já desta solução.
Mas, perante as declarações do líder da força política mais votada (estrema esquerda), os políticos em Bruxelas e em toda a UE não dormem sossegados e a melhor das soluções na Grécia será, mesmo assim, não se encontrar coligação para formação de Governo e haver novas eleições antecipadas.

Mas delas não se prevê que o voto de protesto diminua. Pessoalmente não acredito e os outros países do Euro terão de encontrar novas e rápidas soluções, sob perigo destas situações se alastrarem a outros países. Estamos perante um aviso sério  para a Europa e para o Mundo. Basta saber-se que um colapso financeiro na Grécia levaria ao afundamento da Itália e Espanha, à desestabilização da União Europeia e dos bancos e a uma profunda recessão na zona do euro. O cenário seria incontrolável, sem retirarmos Portugal deste contexto, evidentemente.

Por isso, na próxima cimeira, se falará muito sobre a Grécia e também em soluções para as economias dos países inverterem a situação a que levou tanta austeridade.

Nota adicional: em 10/12/2012:  Já se sabe oficialmente que a estrema esquerda não conseguiu juntar-se para formar governo.

2 - Se estes acontecimentos não fossem suficientes para agitarem políticos e os "mais comuns dos mortais", temos agora o enorme problema com o banco "Bankia" espanhol que o Governo vai ter de injetar muito dinheiro se quer mantê-lo "em pé". Parece que tudo se passa como em Portugal... e, os tais famigerados "mercados" não perdoam.
Já depois de termos escrito as palavras sobre este assunto aqui, soube-se que  a solução será mesmo a nacionalização do banco.

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