maio 07, 2012

A França votou socialismo, votou Hollande

Os resultados eleitorais em França não surpreenderam, embora ainda houvesse uma pequena esperança de que as sondagens errassem pouquinho que fosse e Sarkozy fosse reeleito para o segundo mandato. Mas não foi assim, FANÇOIS HOLLANDE é o novo Presidente da República da França que, na Praça da Bastilha afirmou que a esperança avizinha-se para outros países da Europa e que a austeridade terá de diminuir. Hollande ganhou com quase 52% dos votos.

MERKEL TELEFONOU LOGO AO NOVO PRESIDENTE E
SABE-SE, QUE BARAK OBAMA JÁ O CONVIDOU 
PARA UMA VISITA
 
Na minha opinião esta eleição não vai mudar tanto quanto a enorme esperança que se colocou neste socialista que conseguiu arrecadar votos contra a austeridade, contra a política da exuberância política, contra o designado eixo Franco-Alemão que Sarkozy, no contexto  político europeu, não soube estar fortemente defensor de uma política defensora dos países com maiores dificuldades económicos e com índices de desemprego monumentais. 

É necessário que se mantenha esse eixo para bem de todos os países da UE, mas há propostas de Hollande que Merkel vai ter que analisar de outro ângulo político e social. A Alemanha será sempre a maior potência de uma Europa submetida à ganância dos "mercados" e que levaram vários países, como o nosso, a situações gravíssimas, como sabemos. E, nesse grupo já se encontram países, como a Itália e a Espanha a ver subir os juros quando vende títulos de dívida pública e com uma taxa de desemprego completamente incomportável. 

Hollande é uma cortina que se abre aos socialistas europeus - que não lhes sonegaram o apoio no final da campanha - mas isso não significa que a Europa mude, a este nível, significativamente. Internamente e depois da disputa entre os dois candidatos o novo Presidente afirmou que ia governar para todos os franceses e Sarkozy apelou que todos apoiassem Hollande, porque a situação assim o exige. 

Em pouco tempo se verá se há margem política para as suas promessas durante a campanha sejam realizadas, mas, todos nós sabemos que, lá como cá, que depois de eleitos,  as coisas são bem diferentes. 
Pior que as eleições na França foi o resultado das eleições na Grécia. Nenhum Partido conseguiu uma expressão nas urnas que o libertasse do desassossego que vão ser os próximos dias na formação de uma maioria. A Grécia não terá melhores dias até porque, os Gregos, usaram muito o voto de protesto. Temos de esperar o desenrolar dos acontecimentos nas conversações para se obter a tal maioria necessária, mas não se vislumbram melhores dias.
Por cá, (como foi afirmado já pelos melhores analistas) António José Seguro não pode endurecer o seu discurso que acabe com a possibilidade de entendimento com o Governo no cumprimento do Protocolo assinado com a Troika, nem Passos Coelho pode continuar a pensar que só ele tem razão. 
Mas todos ouviram que o responsável por esta situação é António José Seguro, mas quem precisa é Passos Coelho e, por isso, é quem tem de criar condições de diálogos.

O primeiro ministro está a fazer exatamente o mesmo que o PSD tanto criticava na vigência do anterior governo. Alguns de nós não temos a memória assim tão curta e lembramo-nos bem do que Portas afirmava nas suas intervenções contra Sócrates sobre as mesmas questões. Mas agora... é bom estar no governo!

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