As negociações entre Governo e PSD terminaram em rutura

Terminaram hoje (27/10), em rutura, as negociações entre o Governo e PSD. Os responsáveis deste partido já deram as conversações por terminadas (ao outro dia da apresentação da candidatura de Cavaco Silva) e informam, hoje à noite, a sua posição quanto ao Orçamento de Estado 2001. A sua Comissão Política reúne ainda hoje com carácter de urgência, enquanto que que, Jorge Lacão e o ministro das fianças Teixeira dos Santos já estiveram reunidos, também de urgência, com toda a bancada parlamentar do PS.
 O Presidente da República convocou já, para sexta-feira, o Conselho de Estado para apreciar o momento crítico da situação que deriva da rutura. Juros a dez anos aproximam-se dos 6% logo após a montanha ter parido um rato e a bolsa ressentiu-se após o fim das conversações.

Catroga acusa o Governo de intransigência e de não ter vontade política para cortar nas despesas e Ministro afirma que não há mais margem de manobra.

O banqueiro Fernando Ulrich foi já um dos que se mostrou surpreendido com esta rutura.
João Salgueiro sugere uma nova proposta de orçamento
Vamos esperar pela decisão do PSD mas, e se o Orçamento não passar?
Há vários cenários que se colocam ao Presidente da República:
1 - O Governo cai imediatamente? Não, mas Sócrates pode invocar que não tem condições para governar. Se fica, pode apresentar um novo orçamento.
2 - Imaginando que o Governo cai (quer cair). O Presidente da República não pode convocar novas eleições até 9 de Março. Pode é :
- Pedir ao Governo que se mantenha em funções (Governo em gestão)
- Procurar no Parlamento um Governo de coligação ou
- Procurar formar Governo com personalidades com muito prestígio nacional.

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