
As medidas de austeridade tomadas foram muito para além dos limites aceitáveis por uma população "bondosa". A TSU foi a espoleta, mas o corte os subsídios dos reformados e de "todos", foi a pólvora para os os milhares de "clics" no Facebbok, os milhares de SMS que se trocaram e o POVO em todo o país disse definitivamente NÃO.
Desacreditado como está e com uma coligação com o CDS que
há muito não vendia saúde, acaba agora de levar com um "machadada" política do seu Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas* que levou imediatamente o PSD a convocar reuniões para 2ª feira (Comissão Permanente) e 4ª feira à noite (Comissão Política Nacional), esta convocada por Passos Coelho e as duas destinam-se a analisar e discutir o conteúdo da comunicação do presidente do
CDS-PP, Paulo Portas, fez hoje uma intervenção sobre "as conclusões dos
órgãos internos daquele partido relativamente às medidas de consolidação
orçamental para 2012 e 2013" cujo conteúdo "não é indiferente para a
coligação e, porventura, para o próprio Governo".
A coligação está em perigo, mas Portugal não precisa destas crises. Se, por um lado o Primeiro Ministro afirmou categoricamente que jamais decidiria tais medidas sem que Paulo Portas concordasse, temos este a abalar a coligação embora anunciando algumas nuances.
O líder do PS, todos os parceiros sociais, analistas, políticos de craveira (acho que todos) avisaram da total discordância das medidas tomadas e anunciadas, Passos Coelho nem na entrevista na televisão melhorou a situação.
Seguro já afirmou que não está interessado numa crise no seio da coligação. Demarcou-se e ameaçou votar contra medidas como a TSU na Assembleia da República e, só por si, esta demarcação é um sinal evidente que Passos Coelho tem de recuar (caso contrário o consenso alargado perde-se e a imagem de Portugal na Europa fica bem pior), mas foi bem claro agora, que não está com pressa de ir para o Governo, que Portugal precisa de estabilidade e isso depende das cedências absolutamente necessárias do Primeiro Ministro.
Desacreditado perante a população como nunca chegou a imaginar, Passos não terá tempo para se deslocar a Oleiros precisamente no dia 19. Eu, Luís Mateus, vejo mais um outro ministro a substituí-lo na deslocação a Oleiros do que ele ir. Outros valores mais altos se levantam para esse dia.
Só se alterarem o dia da inauguração, mas.... a placa com nome e data já deve estar feita. Enfim, coisas que correm mal nestas circunstâncias.
Por mim não estava a contar de estar presente, por isso, vá quem for, eu fico por cá. Prefiro assim.
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* «Claro que soube da medida, tive uma opinião diferente, alertei e defendi que havia outros caminhos. Mas não a bloqueei, porque fiquei inteiramente convencido que isso conduziria a uma crise nas negociações com a missão externa, à qual se seguiria uma crise no Governo, à qual se seguiria um caos, que levaria a desperdiçar todo o esforço já feito pelos portugueses», afirmou, em conferência de imprensa, depois de se reunir com os órgãos máximos do CDS-PP.
Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, a proposta de subida da TSU para os trabalhadores e de redução para as empresas «não está definida em todos os seus contornos» e o «Governo deve ter uma posição de abertura para avaliar a situação com os parceiros sociais e as instituições do país».
«Não direi absolutamente nada que prejudique a margem de manobra do Governo e da coligação» nessas negociações, acrescentou, referindo ainda que «é muito importante evitar a mera hipótese de recusa do Tribunal Constitucional».
Atualização em 18 de Setembro:
O Ministro Álvaro dos Santos Pereira é quem estará presente para VISITAR o excelente hotel que Oleiros terá em funcionamento a partir do dia 1 de Outubro.
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* «Claro que soube da medida, tive uma opinião diferente, alertei e defendi que havia outros caminhos. Mas não a bloqueei, porque fiquei inteiramente convencido que isso conduziria a uma crise nas negociações com a missão externa, à qual se seguiria uma crise no Governo, à qual se seguiria um caos, que levaria a desperdiçar todo o esforço já feito pelos portugueses», afirmou, em conferência de imprensa, depois de se reunir com os órgãos máximos do CDS-PP.
Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, a proposta de subida da TSU para os trabalhadores e de redução para as empresas «não está definida em todos os seus contornos» e o «Governo deve ter uma posição de abertura para avaliar a situação com os parceiros sociais e as instituições do país».
«Não direi absolutamente nada que prejudique a margem de manobra do Governo e da coligação» nessas negociações, acrescentou, referindo ainda que «é muito importante evitar a mera hipótese de recusa do Tribunal Constitucional».
Atualização em 18 de Setembro:
O Ministro Álvaro dos Santos Pereira é quem estará presente para VISITAR o excelente hotel que Oleiros terá em funcionamento a partir do dia 1 de Outubro.
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