setembro 13, 2012

GOVERNO PORTUGUÊS COMPLETAMENTE ISOLADO

 AS NOSSAS REFERÊNCIAS POLÍTICAS VÊM SUCESSIVAMENTE 
A PÚBLICO DIZER AO GOVERNO QUE MUDE DE POLÍTICAS 
OU ENTÃO...
 
 As medidas de austeridade tomadas pelo governo, quer anunciadas pelo primeiro ministro, quer complementadas pelo ministro das finanças, levantaram uma unanimidade de opinião contra as mesmas. Ninguém, nem sequer os "grandes e admirados políticos" da maioria (aqueles de quem muitas vezes discordamos mas reconhecemos-lhe qualidades políticas e técnicas para governarem - muitos já governaram) deixaram de ficar indignados com estas medidas. Muitos desses "pesos pesados" e que são referências políticas no nosso país, têm-se manifestado contra esta austeridade sem nexo, só mais do mesmo (para bem pior) e querer governar com estas medidas é o mesmo que abrir portas perigosas à instabilidade social, à fome, à destruição de muitas mais empresas e seguirmos um caminho muito idêntico à Grécia.
Quando se perde a confiança de todos os parceiros pessoas, quando empurram o PS para ter que votar contra o orçamento, quando nem os representantes do patronato e empresários se mostram preocupados com as decisões deste governo e quando ainda em Espanha as pensões são uma bandeira do primeiro ministro espanhol, Mariano Rajoy, e aqui foram tão mal tratados não podemos deixar de juntar a nossa voz à de centenas de milhares que se querem manifestar contra em todo o país e aplaudir afirmações como a da Drª Manuela Ferreira Leite que numa entrevista à TVI24 afirmou:

 ".... eu percebo que as pessoas se virem para o Presidente da República porque ele sempre foi uma referência na vida política nacional, por isso as pessoas votaram nele e portanto o elegeram, mas em relação ao orçamento, em relação àquilo que vai chegar ao Presidente da República, eu devo dizer que o problema está em que cada um de nós, em consciência, faça aquilo que deve fazer para inverter o orientação política que tem estado a ser seguida. Eu estou à espera de ver e estou à espera mesmo de ver, como é que vão reagir os deputados. Os deputados foram eleitos pelas pessoas, portanto eu estou para ver como é que eles reagem perante o orçamento, se votam a favor, se votam, se votam contra, se aceitam tudo porque se não aceitam devem ficam mal com a sua consciência e, nessa circunstância, não me parece que o Presidente da República possa ser aquela pessoa que lava as consciências de cada um. Ao Presidente da República não cabe essa função. Cada um de nós, isto é, as pessoas não ligam nenhuma ao que se está a fazer, depois vai à Assembleia da República e os deputados votam todos a favor, acham todos muito bem, o orçamento passa e depois fica tudo a olhar para o Presidente da República para ele limpar as consciências daquilo que eles não fizeram. Mas o Presidente tem essa função? Não, então os deputados tem também a função de explicitar a sua não aceitação de não aceitação de determinadas medidas para assim poderem, nomeadamente aí já pode o Presidente da República margem, direi assim, para poder intervir. O PR intervém contra os deputados? Os deputados que foram eleitos acham tudo muito bem, depois o Presidente da República diz, seus idiotas vocês não sabem nada quem sabe sou eu? Não nos podemos apoiar naquilo que o Presidente da República faz, ou pode fazer, para nos isentarmos das obrigações que cada um de nós tem de exercer"
E o entrevistador intervém: "a srª doutora acha que, e já foi deputada, e acha que, está a apelar a um motim nos grupos parlamentares da maioria?" Bom, se acha que quando um deputado vota de acordo com a sua consciência é um motim, eu nunca senti isso como deputada - disse Ferreira Leite.
- Há disciplina partidária insistiu o entrevistador
A resposta da Drª Ferreira Leite foi muito clara: "há disciplina partidária  e há sempre formas de, quanto mais não seja, de se abandonar o mandato".

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