Uma seleção de imagens e documentos do período compreendido entre 1900 e
1980, resultante das recolhas efetuadas no âmbito do projeto Ecos de
Proença, está até final de junho patente na galeria municipal. A mostra
pretende divulgar alguns dos materiais recolhidos e partilhar memórias
coletivas, com registos de eventos com impacto na vida local – como foi o
caso da inauguração do antigo colégio diocesano ou da central elétrica –
mas também de vivências do quotidiano e de pormenores que, à distância
de décadas, testemunham a história local.
Na inauguração da exposição, que decorreu sábado, o vereador da
Cultura, João Manso, recordou que “este é um projeto de todos”, já que
promove a preservação da identidade local e resulta da participação da
comunidade. Tradições, lendas, fotografias e documentos diversos,
quadras populares e todo o vasto património imaterial que foi sendo
transmitido de geração em geração cabem neste arquivo coletivo, em que
todos os materiais recolhidos são registados com uma ficha própria.
A sessão de inauguração contou com a Orquestra Viola Beiroa, também
constituída para preservar a tradição. Típica da Beira Baixa e com uma
existência que se presume ter mais de cinco séculos, esta viola esteve
quase em desuso mas ressurgiu graças ao entusiasmo de um dos tocadores
do grupo, Alísio Saraiva, e do professor de música Miguel Carvalhinho.
Maioritariamente constituído por canções tradicionais, o reportório da
orquestra inclui também temas inéditos.
A página de Facebook do projeto Ecos de Proença, lançada há cerca de um
ano, é a primeira plataforma agregadora de informação e facilitadora da
partilha e divulgação de memórias, estando em construção um site que
futuramente irá disponibilizar todo o material. Os interessados em
partilhar registos, sejam fotografias, vídeos ou testemunhos de vida,
poderão obter informações através do e-mail
ecosdeproenca@cm-proencanova.pt.
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