Há
uns seis dias, alguém que veio até à piscina do Açude Pinto, deixou à porta da
Anabela (casa mesmo junto à piscina) dois gatinhos acabados de nascer embora
com a barriguita cheia. Não abriam os olhos. A Anabela levou-os para dentro de
casa, até porque os seus dois filhos, não queriam outra coisa. Isso obrigou-a a
comprar seringa, aquecer o leitinho e ir dando de comer aos abandonados. Chegou
ao ponto de, se levantar de noite para os alimentar. Mas…, tendo ela outros
animais, pegou um em cada mão com todo o carinho e foi ter com primos e tios
para lhes propor ficarem com eles. Mas em vão. Todos diziam que “gatos é o que
para há mais”. Alguns até já davam sugestões dramáticas e derradeiras à
sobrevivência dos abandonados.
Entretanto
a mãe da Anabela, lembrou-se que existia uma gata que vinha várias vezes à casa
do seu companheiro, no lugar do Barroco e que “teve” crias mas, um nasceu morto
e os restantes desapareceram até porque onde ela escondia os filhos era acesso
fácil a outros animais. Levou-os para ver se essa mãe que tanta miava pelo
desaparecimento dos filhos os adotava. E assim foi. Da forma mais maternal que
existe. A gata tornou-os seus, dá-lhes mama e é uma maravilha ver como terminou
(em termos de adoção) a vida destes indefesos animaizinhos. Hoje aqui fica este
exemplo. As fotos são da própria Anabela porque lhe pedi que as tirasse.
E,
porque é que havemos de falar sempre de crise, festas, políticas (políticos
muito menos) e outros casos que nos preocupam? Hoje fico com os gatinhos.
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