agosto 19, 2015

Festa do Milrico. Não precisava mais




A festa do Milrico acabou por se realizar graças a três bairristas “de peso” que nos últimos quinze dias se desafiaram mutuamente a não deixar morrer a sua festa. E, em poucos dias pensaram e levaram a cabo uma festa  tipo familiar (comedida, sem conjuntos, adaptada ao arraial e praticamente com a prata da casa)
No primeiro dia estiveram no palco um mestre no seu excelente órgão, com duas moças a cantar e, por fim, com a participação do jovem acordeonista Rúben Alves que distribuíram animação bastante para que os presentes chegassem a encher o arraial de pares a dançar. Permitam-me que vos diga que foi uma festa como era há uns anos atrás. À segunda-feira, estiveram presentes os “Seca adegas”, bastante conhecidos entre nós e, como sempre, artistas que surgiram de todos os lados a tocar concertina e acordeão. Não há dúvida que os cursos que têm existido – nomeadamente os de Miguel Agostinho – fizeram surgir vários acordeonistas que, ainda novos, se colocam ao lado dos veteranos e encerraram a festa comas suas exibições em conjunto e individuais. Dos que presenciavam e mais ou menos já bem dispostos cantavam mas dali só saíam razões para o riso.
Quanto à entrega da bandeira, talvez vendo a astúcia e simplicidade com que estes três bairristas conseguiram realizar a festa – com oferta de porco no espeto e feijoada a todas as pessoas, com bom patrocínio do nosso amigo Abílio do Ribeiro que é proprietário de restaurantes em Castelo Branco, “O Telheiro” e outro junto à igreja de Nossa Senhora de Mércoles – acabaram por formar uma Comissão com 19 elementos.
Das informações que colhi junto de quem conseguiu fazer a festa, a certa hora de segunda-feira, a receita já cobria plenamente todas as despesas que tinham de pagar. Assim, o Milrico mais uma vez se afirmou com a simplicidade que deveria ter sido sempre caraterística e não enveredar por contratos de granes bandas musicais que, depois, são difíceis de pagar.

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