A estátua de D. Nuno (Nuno Álvares Pereira, o Condestável) está numa bonita rotunda de Cernache do Bonjardim ali perto do seminário. Agora é Barcelos que também vai levantar uma estátua a esta figura da história importantíssima (Mestre de Avis) mas com a segunda parte da sua vida dedicada à Igreja sendo finalmente beatificado em 2009 Ficará em frente aos Paços do Concelho e a cerimónia será presidida por Paulo Portas, ministro dos negócios estrangeiros e ainda com a presença de Duarte Pio, bispo de Braga e ainda representantes das Forças Armadas e deputados de Braga.
Quem foi D. Nuno? (pequeno resumo da autoria do Blogue "Cernache do Bonjardim, a quem agradecemos) link
Quem foi D. Nuno? (pequeno resumo da autoria do Blogue "Cernache do Bonjardim, a quem agradecemos) link
Nuno
Álvares Pereira é um dos cavaleiros Portugueses mais conhecidos da
nossa história, não só pela sua bravura, mas por toda a história da sua
vida.
Filho
de uma família fidalga, Nuno Álvares Pereira nasceu a 24 de Julho de
1360 e tinha pouco mais de 20 anos quando se deram as suas grandes
aventuras contra os exércitos castelhanos.
Com
apenas 13 anos entrou para a corte do rei D. Fernando, sendo então
escolhido para ser escudeiro da rainha D. Leonor Teles ao mesmo tempo
que aprendia tudo sobre a guerra e as armas com um tio. Pouco tempos
depois foi logo armado cavaleiro.
Casou-se por conveniência dos pais em 1376, com D. Leonor de Alvim. Situação muito comum na época.
Durante
a crise de 1383, provocada pela morte de D. Fernando, colocou-se ao
lado do Mestre de Avis, que parecia mais preocupado em defender os
interesses de Portugal do que D. Leonor Teles, a regente do reino.
D.
João, Mestre de Avis, chamou-o para o conselho do governo e mais tarde,
durante as cortes de Coimbra, nomeou-o Condestável do Reino, um cargo
criado pelo rei D. Fernando.
Entre
1383 e 1385 liderou o exército Português a várias vitórias, sendo as
mais conhecidas as da Batalha de Aljubarrota e da Batalha dos Atoleiros,
onde usou a técnica do quadrado.
Esta
técnica baseou-se numa estratégia militar usada por Alexandre Magno em
exércitos maiores, e que Nuno Álvares Pereira tinha descoberto há pouco
tempo num livro. Decidiu adaptá-la e resultou!
Em
1388 iniciou a edificação da capela de São Jorge de Aljubarrota e, em
1389, a do convento do Carmo, em Lisboa, onde se instalaram os frades da
ordem do Carmo, no ano de 1397.
Tornou-se
rico e poderoso, mas soube dividir com os seus companheiros de armas
grande parte das terras que lhe foram doadas. No fim da vida, teve o
cuidado de repartir também pelos netos os seus domínios e títulos.
Ainda participou na conquista de Ceuta, em 1415, onde mostrou novamente o seu grande valor.
Nunca perdeu uma batalha que fosse liderada por si. Conta-se que a sua espada, que tinha o nome de Maria gravado, lhe dava a devida protecção.
Nuno Álvares Pereira acabou a sua vida ligado à Igreja.
Depois de ficar viúvo entrou para o Mosteiro do Carmo em 1423, por ele fundado, mudando o nome para frade Nuno de Santa Maria.
Por
ter dedicado os seus últimos dias à Igreja e a ajudar os mais pobres,
depois da sua morte, em 1431, o povo começou a chamá-lo de Santo
Condestável.
Este título não era verdadeiro, mas ficou perto de o ser com a sua beatificação em 1918.
Foi mais tarde canonizado como «São Nuno de Santa Maria» pelo Papa Bento XVI no dia 26 de Abril de 2009, tornando-se verdadeiramente no «Santo Condestável».
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