outubro 25, 2012

Autarcas do Pinhal criticaram Reforma Administrativa


Esta posição foi tomada aquando da comemoração
 do  Dia da Comunidade.
 Os concelhos de Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei
O programa incluiu uma tarde de excelente convívio
 cultural e o Festival de Talentos da CIMPIS 
(Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Sul)



No dia em que pelo terceiro ano se celebrou a Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Sul (CIMPIS), as atenções estiveram viradas para a reorganização das NUTS 3. Presente na cerimónia oficial que lançou o programa comemorativo, em Proença-a-Nova, o secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Júlio, ouviu os autarcas pedirem que não sejam os critérios demográficos os únicos tidos em conta nas mudanças previstas.


Justificando que “a competitividade deve ser trabalhada no nível intermunicipal”, Paulo Júlio sustentou que o desenho das NUT 3 será decisivo para a eficácia do próximo quadro comunitário (2014-2020) e que é necessário as sub-regiões ganharem escala. “Os planos estratégicos de desenvolvimento territorial, que pela primeira vez vão ter de ser feitos entre municípios e com as universidades e institutos politécnicos, não são virados para a infraestrutura, mas para os fatores de desenvolvimento económico e social”, recordou o secretário de Estado.

Antes da intervenção do secretário de Estado, o presidente da CIMPIS e da Câmara de Oleiros, José Marques, criticou a proposta de reorganização feita a “régua e esquadro”, estabelecendo como critérios a agregação de pelo menos cinco concelhos e 90 mil habitantes. “A referida proposta esquece fatores mais importantes, como a coesão territorial, laços e tradições culturais, proximidades administrativas e políticas, orografia e esforço financeiro que se fez na criação das comunidades intermunicipais”, alertou, sustentando que “não nos deveria ser imposto um modelo que não é possível ser adaptado ao nosso território e população”.

Como anfitrião das cerimónias do Dia da Comunidade, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Paulo Catarino, apenas deu as boas vindas aos presentes no jantar inaugural e afirmou não querer fazer qualquer discurso, em atenção à “estima e consideração” pessoais pelo secretário de Estado. Caso contrário, referiu, “acabaria por ter de focar o quanto o poder local tem sido mal tratado por este governo” e, sendo anfitrião, “poderia ser indelicado para com o convidado”. 

O programa incluiu, na tarde de sábado, animação musical e cultural com grupos dos quatro concelhos, no parque urbano. A noite foi reservada a um festival de talentos igualmente com representantes de Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei. Crianças e jovens, divididas por dois escalões etários, levaram ao palco estilos e sonoridades diversificadas, tanto na área instrumental como vocal.

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