Secretário de Estado Rui Barreiro apelou a “pacto” nacional
em defesa dos recursos florestais
De acordo com a página oficial da Câmara Municipal de Proença-a-Nova "ao mesmo tempo que em Nova Iorque era assinalado o início do Ano Internacional das Florestas, o Centro Ciência Viva da Floresta foi ontem palco da sessão nacional de lançamento das iniciativas que, ao longo de 2011, irão promover a
defesa de um recurso que representa 11% das exportações nacionais. O secretário de Estado das Florestas, Rui Barreiro, assumiu o compromisso do Governo de se empenhar na valorização dos espaços florestais e convidou autarcas, escolas, empresários e população em geral a envolverem-se nas comemorações. “Porque a floresta é de todos e para todos, vamos todos trabalhar.” João Paulo Catarino, presidente da Câmara de Proença-a-Nova, considerou ser necessário olhar para a floresta nas suas várias vertentes, valorizando benefícios que ainda não são quantificados, como o sequestro de carbono ou a regulação de caudais. “A floresta só terá futuro se conseguirmos que os seus proprietários sejam ressarcidos periodicamente e na justa medida dos benefícios que a sua floresta proporciona à sociedade”, alertou.
Referindo-se a indicadores económicos que falam por si, já que o sector florestal é o terceiro maior exportador, Rui Barreiro reconheceu que as florestas não se resumem à economia e são um “pilar essencial no desenvolvimento rural e no combate à desertificação”. Por isso, afirmou, a escolha de Proença-a-Nova para realização da cerimónia foi uma “homenagem” ao presidente da Câmara por encarar “a floresta como um activo”. Também a presidente da Agência Ciência Viva assegurou que o local não foi escolhido por acaso. Rosalia Vargas destacou a beleza do Centro Ciência Viva da Floresta e “o excelente trabalho da equipa” dirigida pelo vereador João Manso.
E um ano internacional, na prática, servirá para alguma coisa? “Teoricamente, as efemérides não mudam nada”, admitiu Fernando Andresen Guimarães, presidente da Comissão Nacional da Unesco, que se associa às comemorações. Mas uma metáfora ajuda a perceber a importância de lançar o tema a nível mundial: “É uma espécie de cabide onde se penduram iniciativas”, brincou. E quanto mais forem penduradas, mais as pessoas pensam nos desafios que a floresta enfrenta – dos incêndios florestais ao abandono e à falta de gestão sustentável.
Após a apresentação do site oficial da iniciativa, que será alimentado por todos os parceiros públicos e privados que se associem às comemorações, foi explicado o projecto “Um bosque perto de si”, desenvolvido em parceria pela rede de centros Ciência Viva e por uma centena de escolas em todo o país. Os alunos põem-se em campo para conhecer e catalogar espécies, congregando conhecimentos de várias disciplinas. Cerca de 100 alunos de cinco escolas envolvidas no projecto (incluindo o Instituto de S. Tiago, de Sobreira Formosa) estiveram presentes na sessão.
Antes do início da cerimónia, foi plantada uma cerejeira brava que assinala, à entrada do Centro Ciência Viva, o Ano Internacional das Florestas. A fechar a sessão, um lanche preparado apenas com aquilo que um bosque oferece: frutos silvestres, bolota assada, cogumelos e javali foram alguns dos petiscos que ilustraram a riqueza dos espaços florestais.
Site da CM, Proença-a-Nova
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