fevereiro 28, 2011

Investigadores apontam caminhos para valorizar floresta em Proença-a-Nova


Jornadas inseridas na parceria entre o Centro Ciência Viva e
a Escola Superior Agrária de Castelo Branco

"Conseguir conciliar diferentes usos nos espaços florestais e valorizá-los do ponto de vista financeiro são, na opinião de investigadores nas áreas do ambiente e agricultura, as chaves para uma floresta com futuro. O tema esteve em debate no
Centro Ciência Viva da Floresta, que acolheu as 1as Jornadas de Tecnologia e Sustentabilidade dos Sistemas Florestais, integradas no mestrado leccionado em parceria pelo Centro e pela Escola Superior Agrária.
Na sessão de abertura, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Paulo Catarino, realçou o “enorme contributo” que o Instituto Politécnico de Castelo Branco tem dado para a região e sublinhou que a parceria com o centro ganhou ainda mais sentido com a entrada da Escola Superior Agrária (ESA) na Associação Centro Ciência Viva da Floresta, como sócio efectivo, a par da autarquia e da Agência Ciência Viva.
Depois de Celestino Morais de Almeida, director da ESA, ter sublinhado que esta foi a primeira de jornadas a repetir no âmbito do mestrado, o vice-presidente do Instituto Politécnico aplaudiu “a forma como a Escola Superior Agrária se abre ao exterior”. José Carlos Gonçalves destacou a cooperação com o Município de Proença e considerou importante levar para fora da instituição, e particularmente para “um território que valoriza as questões do ambiente”, iniciativas que promovem a partilha de conhecimento.
No nosso concelho há presença da única espécie que, como explicou Fernando Queirós, do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, está classificada como em risco de extinção: o azereiro (prunus lusitanica). Menos ameaçadas, mas também a merecer protecção prioritária, estão espécies como o zimbro, também com implantação na nossa zona.
Em contrapartida, foi assinalado o crescimento “muito significativo” do sobreiro, que representa 22,6% da nossa floresta e é a espécie com maior valor económico (618 euros por hectare). O pinheiro bravo tem vindo, pelo contrário, a cair ao longo dos últimos anos e a estimativa do valor económico não vai além dos 91 euros por hectare. Teresa Vasconcelos, investigadora da Escola Superior Agrária de Coimbra, apontou as diferentes causas do declínio do pinheiro, incluindo os elevados estragos causados pelo nemátodo, que tem exigido sucessivos planos de contenção e investimento em investigação científica."
Inf: site do Município

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