DE MODO ALGUM. PERDEMOS NA MARCAÇÃO DE PENALTIES
QUE É CERTO
TODOS QUERÍAMOS MAIS SORTE.
É QUE SABER MARCAR PENALTIES TODOS SABEM,
A SORTE,
OS NERVOS, A PRESSÃO E A RESPONSABILIDADE
FAZEM A DIFERENÇA. NÃO PERDEMOS NO
JOGO,
MAS NÃO PASSÁMOS À FINAL
Ontem, pela manhã, deixei Albufeira
e dirigi-me a Espanha. Os meus netos queriam conhecer nem que fosse uma pequena
porção do território espanhol. Fomos almoçar a Ayamonte e as ruas estavam
cheias de bandeiras às janelas. Parecia Portugal em 2004. A confiança no vencer
Portugal era relativa. Havia respeito e disso tive a disso a prova com todas as
pessoas com quem falei
do assunto. Mas li no restaurante os dois maiores jornais desportivos e
tudo estava desenhado pelo selecionador espanhol: a forma como anular Ronaldo
(primeira preocupação) e que se resumia a colocar sempre três jogadores a
pressioná-lo de modo a que CR7 acabasse por não poder rematar nem cruzar para a
área. A segunda preocupação era Nani e depois os médios. Frases como “eles têm
Ronaldo, nós temos um coletivo” eram repetidas na escrita dos vários jornalistas
desportivos.
Depois, à noite, todos vimos e
sofremos com a eliminação. Mas não no jogo, porque aí estivemos em campo com
muita dignidade 120 minutos. Não vale a pena falar da forma como jogámos. Não entro nessa. FOMOS ÀS MEIAS-FINAIS DO EURO 2012 porque
merecemos. Nota 18 à seleção, porque nota 20 era se fossem campeões.
Mas… se Manuel José e Queirós
tivessem substituído Paulo Bento no jogo de ontem estávamos nas finais… Para a
próxima não utilizem a televisão, que todos pagamos, para dizer mal da nossa
seleção (pelo menos nesse canal não!)
E agora?
Todo de férias que bem merecem,
porque a crise, essa vai continuar sem fim à vista. Falam tanto de austeridade
para nos irem habituando a mais, mas já estão a mudar outra vez? Parece que a
palavra de ordem era “recuperação económica, criação de emprego”, mas a Espanha, A
Itália, Grécia nós e outros de nós não veem soluções nas CIMEIRAS. Estamos
fartos das “fotos de família” (ditas para a prosperidade, mas qual?)
A agitação social não diminui e
tudo indica que se vai radicalizando mais com todos os perigos que daí advêm.
Mas… algumas greves não consigo encaixar as razões que, dizem, as justificam. A
da paralisação dos transportes é um exemplo flagrante.
E para terminar com uma outra
minha enorme preocupação (como a de muitos milhares) “o país vazio de escolas e
de centros de saúde arrisca-se agora a ficar sem tribunais” – jornal Público.
“Mais valia fecharem o interior”, desabafa alguém entristecido com toda esta
política desastrosa de vários governos, mas eu não me resigno. Muitos e muitos
dos que vivem no nosso Interior fazem o mesmo e, enquanto existirmos não
deixaremos de apoiar o desenvolvimento sustentado para os nossos vindouros. Não seremos “uma reserva humana”, não
deixaremos sequer que o façam. Somos poucos? Melhores do que muitos que vivem
com enormes dificuldades nos grandes centros urbanos mas nem sequer querem
voltar à sua terra natal onde, na grande maioria, encontrariam trabalho.
Hoje acabei por fazer quase
parecido com o ilustríssimo (falecido) VITORINO NEMÉSIO, que na sua crónica “Se
Bem me Lembro…” começava a falar de um assunto e nunca mais parava de divagar
sobre muitos outros de forma maravilhosa. Mas quem sou eu para querer qualquer
milionésima parte de comparação com este meu ídolo? Claro que não, mas
comecei a falar de futebol para acabar por registar, mais uma vez, a dramática
situação de quem vive no Interior do País.
É que, falar do rendimento dos
jogadores, faltas, empurrões, faltas cometidas, posse de bola e outros assuntos
então os jornais e televisões não o fazem tão bem? Só a seca que vamos ter
durante duas ou três dias e noites…
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