Há pessoas que ao longo da sua vida, quer pelo seu trabalho, simpatia e amizade, quer pela forma como conseguem ser referência para muitas pessoas com as suas atitudes constantes e cativantes, quando nos deixam, fica muita saudade e cria-se sempre um certo vazio.
Neste caso particular estou a falar da D. Maria da Piedade Lopes que faleceu recentemente com 93 anos. Era esposa de Augusto Luís, conhecido pelo "sacristão (por desempenhar estas funções durante algum tempo) que faleceu relativamente novo (57 anos de idade, em 1971). Tinha sapataria e também taberna. A nossa amiga Maria Lopes deixou dois filhos: Maria da Piedade Augusto Martins Ferreira (que todos dizem "Maria Lopes" e é esposa do muito conhecido "Nuno da Casa do Povo", pois desempenhou serviço de responsabilidade nesta "casa" e depois na Segurança Social de Oleiros bem como a esposa. O outro filho da falecida é António José Lopes Luís, atual Comandante dos Bombeiros Voluntários de Oleiros, ligado aos escuteiros e outras organizações.
Quanto a netas, são quatro: Dina, Belisa, Rita e Margarida. Deixou ainda também quatro bisnetos: Diogo, Rita, Nuno e António.
Alguns poderão questionar porque só agora faço esta referência à morte de uma pessoa que conseguiu deixar o seu nome ligado ao lugar onde vivia , pois toda a gente dizia (e diz) "vamos à Maria Lopes". E isso, não significava que fossem somente à casa comercial dela, mas ao lugar onde morava. A verdade é que apresentei os sentimentos à família na devida altura e, agora, um pouco mais sereno, é bom falar de uma forma pública como que homenagem.
Nos tempos em que as pessoas traziam petisco para a noite da festa de Santa Margarida, o jantar sempre era comido no espaço livre ao nível do 1º andar, com vista privilegiada para o arraial. Bons jantares tradicionais a família do "Pero Cabeça e Banhado" ali comeu. Era por amabilidade deste casal e mais tarde só a Maria Lopes nos cedia sempre o espaço, dito terraço.
Entretanto ficou célebre o "poço da Maria Lopes". Trata-se de um poço fundo com água, mesmo junto á casa de habitação onde as caixas de cerveja, garrafões e sumos eram baixado ao nível da água através de um "angarilho". Sempre que se pedia bebidas frescas, era só rodar este sistema (que se usava muito quando se faziam poços de água. Servia para tirar a terra para a superfície. Um poço com muita história de uma juventude muito à volta da do TO Zé (filho). Aqui se centravam os elementos dos FH5 mais os seus muitos amigos que sempre tiveram em Oleiros. Tanto que, o Tó acabou por vir a casar com a Belisa.
Tanto mais que tinha a falar desta pessoa que nos deixou e da sua "casa"! Mas fica esta pequena referência desejando que a sua alma esteja com Deus e que a sua família sinta a sua falta mas que retenha a importância de valores enquanto mãe, avó e bisavó.
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