Trata-se de um documentário que já foi lançado no passado dia 2 de junho, no auditório da Casa da Cultura de Oleiros, o documentário “Ouro negro: a outra face”, o qual aborda a temática da exploração de Volfrâmio, vulgarmente conhecido por “ouro negro”, no concelho. Recorde-se que em Oleiros, a exploração mineira teve o seu clímax associado às duas Grandes Guerras, centrando-se a ação em Álvaro, Borralhal e Fragas do Cavalo.
Com produção e realização da Layer-audiovisuais e argumento da autoria de Carlos Neto de Carvalho, o documentário encomendado pelo Município de Oleiros resulta de um trabalho cuidado de investigação geológica, histórica e antropológica. Este constitui um importante e pioneiro registo daqueles tempos, em que os camponeses se tornaram operários, não faltando testemunhos reais e factos históricos da maior importância que ligaram este concelho da Beira Baixa ao Mundo.
“Esta é a história de uma pequena mina de Volfrâmio no concelho de Oleiros; feita hoje de escombreiras, ruínas e de uma montanha esventrada; contada na primeira pessoa pelos últimos operários que, em diferentes gerações, e em efémeros momentos da sua juventude abandonaram os campos e os pinhais, pela oportunidade apregoada por todo o interior do país de uma vida melhor”.
Segundo as palavras do autarca local, Santos Marques, “a produção deste documentário, acarinhada por nós desde a primeira hora, representa uma iniciativa pioneira que tem o mérito de perpetuar uma parte importante da nossa História para a posteridade. Este é um legado que fica para as gerações atuais e vindouras”.
Nesta obra notável todos os aspetos foram pensados ao pormenor, desde a imagem à música e sonoplastia, de onde se destaca o tema original “Ouro negro”, da autoria de André Leite. O documentário estará em exibição no âmbito da exposição “Património Geomineiro de Oleiros”, patente durante o mês de junho, de terça-feira a sábado, das 9:00 às 17:30 horas (com interrupção das 12:30 às 14:00 horas), no Posto de Turismo Municipal. A entrada é gratuita.
- CMO
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