Ontem, dia 26 de Março, O Orvalho veio a Lisboa celebrar o "DIA DA FREGUESIA" e fê-lo com uma enorme dignidade, alegria, cultura, e convívio que só as pessoas das nossas terras são capazes. A iniciativa foi organizada em parceria pela CCS e pelo Grupo de Amigos Incondicionais de Orvalho (GAIO), sócio colectivo da CCS presidido por Celestino Custódio, com o apoio e colaboração da Junta de Freguesia de Orvalho e da própria Câmara Municipal de Oleiros. Estava anunciada a abertura com intervenções do sr Presidente da Câmara, José Santos Marques, seguindo-se a do Presidente da sr Junto de Freguesia, Paulo Brás e também o sr. Presidente do Centro Social, António Natário. Estava ainda anunciada a presença da Governada Civil de Castelo Branco (que até é do Orvalho), mas não esteve presente.
Quem presidiu e moderou a mesa foi o Presidente da Direcção da Casa da Comarca da Sertã, Eng. Pedro Amaro.
AS INTERVENÇÕES - RESUMO
Na intervenção do Presidente da Câmara esteve a justificação da importância desta freguesias em vários aspectos, mas especialmente na do empreendedorismo. A existência
da firma Pinorval e a criação de uma Central de Biomassa, muito contribuem para o desenvolvimento local e do país e cria oportunidades de emprego. aproveitou para indicar números (que foram também repetidos pelo Presidente da Junta e sugerimos a leitura da sua intervenção, porque o mesmo teve a amabilidade de a ceder). Fez sentir que Oleiros continua a ter falta de acessibilidades o que prejudica especialmente as indústrias de madeira que existem no concelho e, entre outras coisas, enalteceu o GAIO (Grupo de Amigos Incondicionais do Orvalho) porque, além das suas actuais, vêm todos os anos aos Paços do Concelho cantar as Janeiras para Vereação e funcionários. Quanto à intervenção do presidente da Junta pode lê-la, na integra AQUI.
Foi a vez de intervir uma das pessoas interessante do Orvalho, o sr, António Ramos Pedro Natário que explicou como surgiu em 1085 o Centro Social e a caminha longa, difícil mas com resultados à vista (mais tarde falaremos dessa obra) pois hoje, afirmou, "temos um edifício que é um super luxo como não há outro no país". E explicou todo o processo porque ficaram no orvalho "os serviços continuados" cujos trabalhos estão estimados em 2.700.000 euros e sempre confiante ainda disse; "Vai gastar-se mais, mas vamos conseguir o dinheiro nunca desistimos".
PARTE CULTURAL
O amigo e presidente Paulo Brás, durante as intervenções, aproveitou para passar um DVD excelente sobre as riquezas naturais do Orvalho: O tradicional, as tecedeiras do linho, a riqueza da gastronomia, O PATRIMÓNIO, A INDÚSTRIA, a igreja velha, o Padre Joaquim a explicar as origens das igrejas, velha e nova )(da velha tem só uma linda torre), as vistas delirantes desde do miradouro do mosqueiro, local único em Oleiros, a fraga da água Alva, linda, depois as Casas da Zebreira, A Foz do Giraldo e Adgiraldo e muito mais. Falou-se no restaurante penso que se chama "Fiado" e que, segundo foi dito para a filmagem, 50% dos produtos utilizados são da própria região. Os pratos fizeram crecer água na boca. Um dia vou propositadamente para ver e saborear, porque, parece que vale a pena ir ao Orvalho mesmo para almoçar ou jantar.
Seguidamente o Paulo mostrou uma sua exposição muito bem organizada de grandes fotografias que documentam também a beleza do Orvalho e na sala estava outra exposição de peças de madeiras (troncos de árvores inteligentemente aproveitados para peças de vário tipo, pertencentes a José Manuel Antunes Dias Xavier e que se designa por RAÍZES.
O GAIO
É muito difícil ficar-se indiferente a tanta alegria junta nesta Associação Cultural. Sorridentes, completamente disponíveis e entregues à sua actuação, foi um êxito a sua actuação, primeiro só canto, depois também com dança. Têm CD à venda (comprámos) e adorei, mais uma vez estes nossos embaixadores de música e dança populares. Estiveram simplesmente divinais. No seio deles o sr António Natário esteve sempre também cantando e os aplausos não lhes foram regateados. De notar também que muitas das pessoas conheciam a letra das músicas e cantavam e batiam palmas numa entrega nitidamente regionalista e associativismo. Para Vós todos, só posso dar "aquele abraço"!
O LANCHE
Depois de tudo isto seguiu-se um lanche onde a abundância era a palavra de ordem. Foi um momento alto quando, no final do lanche bem recheado e até com vinhos muito bons de pessoas do Orvalho, pudemos assistir àquelas "farras muito próprias das nossa adegas ou festas familiares" onde os acordeonistas tocaram durante algum tempo com vários "cantadores" à sua volta, alegres, vivendo o momento e, como dizia uma deles para mim, "hoje é um dia feliz, de convívio, de não haver stress, dia que nos marca e nos dá vontade de realizar outros dias parecidos, É o Orvalho que aqui está junto, cantando e confraternizando".
A "FARRA"
Já o tempo tinha decorrido, mas ao lado da mesa, ouviram-se os dois acordeons e vários cantores do GAIO cantaram, cantavam, numa alegria que propagava a toda a todos os da sala. Foi bom ouvi-los ficando com a certeza que, onde este Grupo entra, temos Orvalho e Oleiros a cantar.
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