"A nossa voz não foi suficientemente ouvida. No próximo Orçamento esta situação não se vai repetir”
Esta afirmação foi feita durante a reunião que o partido efetuou na noite passada onde, entre outras coisas, falou do próximo
desafio, o corte de quatro mil milhões de euros na despesa estrutural do
Estado. Segundo Portas, essa redução deve passar por:
- Um programa de
rescisões amigáveis na função pública, com uma “indemnização
competitiva”, concretizada através de uma fonte de receita
extraordinária para não afundar o défice.
- Outra das medidas defendidas é a opção pela contratualização nas áreas sociais (saúde e educação) e por concessões na área dos transportes.
- Já na área das políticas sociais, Portas defendeu o combate à fraude e ao desperdício. Como exemplo foi dada a situação de pessoas que acumulam prestações nacionais e regionais, dado não haver cruzamento de dados. É essa verificação que Portas defende como necessária à luz do modelo inglês.
- Na área da educação, Portas referiu ainda a “proliferação” de cursos, o que obrigará a fazer uma reforma com “coragem”.
O líder do CDS voltou a defender que a redução dos quatro mil milhões de euros tem que envolver “o PS, o Presidente da República e a UGT”. E definiu-a como essencial para o futuro das famílias.
João Proença avisa o Governo
O problema é que, ainda ontem João Proença (UGT) foi muito direto e seguro na discordância com o Governo quanto ao número anual de dias de indemnização por despedimento e adiantou: “é totalmente enganador o discurso do Governo e da troika que a média da União Europeia é de 8 a 12 dias por ano. É totalmente falso”. Esta questão está a fazer João Proença a esticar a corda ao ponto de colocar em questão a presença da Central Sindical na Concertação Social, no futuro. O Governo vai ter de evitar isso.
Por outro lado A UGT apresentará hoje, em reunião a proposta do aumento de ordenado mínimo de 485€ para 500€ por isso ter sido acordado na governação de José Sócrates e achar que é justo.
Fontes: TVI24/ Lusa/Económico
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