Manifestações (revoltas) com uma ou outra viatura incendiada sempre assistimos e condenámos, mas a situação atual de Londres a classificação de explosiva já é baixa. Não podemos deixar de unir algumas pontas dos acontecimentos que nos últimos tempos se têm verificado com a crise sempre com pano de fundo, ou mesmo de tapete negro. Recordemo-nos os que tem acontecido na Grécia sucessivamente, em Espanha com pacíficas manifestações de enorme profundidade, das manifestações de solidariedade com as pessoas que se encontravam concentradas em Madrid (ou na Grécia) e agora em Londres uma onda de protesto, destruição, vandalismo, pilhagem de terror e medo.
Simultaneamente as bolsas caem no vermelho com milhões a evaporarem-se. Já nem Obama sossega "os mercados".
Uma situação que eu diria quase mundial, plena de preocupações muito graves. A fome na Somália, a morte de centenas de milhares de crianças e adultos devido à fome e às consequentes desidratações, países que sofrem com situações idênticas à Somália, guerras que se travam de um lado ao outro do globo (se de lados podemos falar) frentes de guerra, algumas com fins pouco percebíveis (ou fingimos que não percebemos).
Mas o mundo não vai bem. O mundo está a atravessar uma das suas maiores crises e nem me falem dos G8, G20 e de todos os "G"s: Muito menos dos chamados países emergentes à custa de quê?
Falem-me no valor da vida, dos direitos à mesma, da sua dignidade em todos os aspetos, da seu imprescindível apoio social.
Andamos a fingir! Fartamo-nos de festivais, de festas caríssimas, de iniciativas faustosas, mas não estamos atentos aos sinais evidentes que estão a ser dados com o que nos rodeia neste teatro de miséria, revolta e morte?
Nem todos dormimos sossegados. Mas... ainda bem.
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