Foi Marcelo Rebelo de Sousa que afirmou que este acontecimento se daria nesta data e no Centro Cultural de Belém. Para um candidato que é actualmente Presidente da República e com a crise política que se tem vindo a desenrolar à volta das propostas do Governo inscritas no Orçamento do Estado para 2011, considero que a data escolhida por Cavaco Silva é estrategicamente feliz. Primeiro, porque ele sabe, melhor que ninguém, que o Orçamento será aprovado, com todas as críticas e posições duras (normais em democracia). Se o anúncio da recandidatura fosse para lá do dia 29 (aprovação do Orçamento) poderia dilatar um tempo político que não lhe seria propriamente favorável.
Desta forma, serão já todos os candidatos do conhecimento da população. Cavaco Silva traz à campanha os exemplos do equilíbrio e a relação política com os outros Órgãos de Soberania e que cimentou muito bem neste período da crise. Um mandato que, só em alguns momentos, teve alguns sobressaltos e que condicionaram as sondagens na altura. Falo de quando falou sobre o criação do novo Órgão Consultivo no Governo Regional dos Açores (nessa altura o país parou para ouvir o seu Presidente, pensando que era sobre a crise, mas afinal era sobre os seus poderes). O outro período foi o que, Governo e Presidente , pareceram de relações um pouco frias (pelo menos foi o que deixaram transparecer). Mas um mandato desempenhado, ao seu estilo, que eu considero de positivo.Manuel Alegre não tem a unanimidade dos votos do PS e, o PCP, tem candidato próprio, como é costume. Á partida, tudo indica que, desta forma. é muito provável que exista segunda volta. E, aí, toda a esquerda pode reunir-se à volta de Alegre (é o que me parece com mais hipótese de ir à 2ª volta com Cavaco Silva), mas, no meu entender, não serão todos e voltaremos a ter Cavaco Silva na Presidência. Mas o Povo é soberano, é quem vota.
Sem comentários:
Enviar um comentário