setembro 28, 2015

Vindima-se em Oleiros e novas castas crescem a olhos vistos

Neste fim de semana, em Oleiros e outros concelhos limítrofes, foi tempo de vindimas. Alguns, já o têm a fermentar, enquanto outros aproveitaram deixar propositadamente para esta data para que a uva esteja mais madure e, naturalmente apure o doce que contribuirá para uma maior graduação. Muitos dos nossos produtores (mais pequenos ou já mais significativos) já transformaram as suas vinhas e "engados" com videiras de castas nunca dantes utilizadas por aqui. Ainda há muitos que compram uvas ou vinho em locais mais quentes onde o venho apresenta uma graduação que até tem de ser desdobrado durante a elaboração do processo.
Mas hoje, já muitas adegas apresentam bons vinhos mas muitos também recorrendo ao ácido tartárico "é o principal ácido do vinho, conferindo-lhe a saúde indispensável à sua vida. Em casos de vinhos com pouca acidez, é desejável que o ácido tartárico seja adicionado (acidulante INS 334), contribuindo para a qualidade global do vinho. Também pode ser encontrado em alguns bolos ou sobremesas, onde é adicionado com o objectivo de captar pigmentos que se formem durante a cozedura e assim manter a cor original do produto - Wikipédia" e a sulfitos (ver no final a interessante nota). 
Mas há castas que em Oleiros devem ter outra atenção, nomeadamente o "callum", "arinto".
Numa atitude de trabalho em comunidade várias são povoações em que alguns dos seus habitantes trabalham em conjunto para "fazer o vinho", ora de um, ora de outro.
Uma das outras realidades que acontece cada vez mais neste concelho é a jerupiga e, das muitas que tenho provado, abunda por aqui diversidade e qualidade.
Por isso, este fim de semana (e ainda mais algum) foi tempo de vindima. Foi tempo como outros tempos que acontecem nesta zona como
- o tempo de semear o milho e depois de "levar até às arcas"
- é o tempo da apanha da azeitona
- é o tempo de semear batatas e das arrancar
- é o tempo de apanhar os figos, as castanhas e outras frutas
- é o tempo de festejarem, em conjunto, nos momentos da degustação dos produtos. Na minha terra é assim. Nas outras já usam mais maquinaria.


Nota adicional: Recorrendo à página da internet encontramos a explicao cabal dos benefícios e dos malefícios de utilização deste produto. Não deixe de ler e talvez encontre aqui a razão porque muita gente se sente mal bebendo vinho com sulfito.
 
"Os sulfitos são usados desde a antiguidade: os gregos usavam-no para desinfetar as casas, enquanto os romanos usavam-no na sanitização dos recipientes destinados ao acondicionamento do vinho. A partir de 1650 os sulfitos começaram a ser utilizados para a preservação de alimentos em geral e tem sido assim até hoje.
 
O termo “sulfitos” inclui o dióxido de enxofre (SO2) e os sais formados do ácido sulfúrico, tais como sulfito e metabissulfito de sódio ou potássio. Na produção de vinhos e cervejas, os sulfitos são usados para prevenir o aparecimento da coloração marrom na bebida e para cessar a fermentação. Outros alimentos cheios de sulfitos são as frutas secas, chips (batata frita, nachos) batata pré-descascada e fatiada, comida pronta, geléias, sorvetes, pães, biscoitos, bolachas, waffles, azeitonas, frutos do mar, presunto, linguiça, salsicha, enlatados em geral, bacalhau seco, sucos de frutas envasados, pepinos em conserva, vinagre de vinho, molhos e sopas industrializadas.
 
Uma a cada 100 pessoas pode apresentar forte reação aos sulfitos, incluindo ataques de asma e até choque anafilático; no restante da população as reações podem ser das mais variadas, desde coceiras e vermelhidão na pele, eczema, dificuldades respiratórias, rinite alérgica, palpitações, dores articulares, dores de cabeça, náuseas e irritação do trato gastro-intestinal. O interessante é que, para as pessoas mais sensíveis, não é necessário ingerir o alimento – basta abrir a embalagem. A inalação dos gases de enxofre vindos de dentro do pacote podem causar um ataque de asma imediatamente. Ao ser ingerido, um alimento rico em sulfitos vai liberar gases de enxofre dentro do estômago, que podem subir através do esôfago e alcançar as vias aéreas superiores.
 
Um dos efeitos mais maléficos dos sulfitos é que eles inibem a tiamina, destruindo a vitamina B1. Tal vitamina está presente nas carnes, nos iogurtes e em alguns cereais.
 
A indústria farmacêutica também utiliza sulfitos na elaboração de medicamentos, por causa de seu poder antibacteriano e antifúngico. Assim, antibióticos (gentamicina, amicacina, tobramicina), analgésicos (meperidina), anestésicos locais (lidocaína, procaína), tubetes de anestésicos odontológicos e soluções parenterais e de diálise, além de muitos outros, contém sulfitos.
 
Evitar o consumo de produtos ricos em sulfitos pode ser uma boa pedida para quem sofre de asma, de irritações na pele, de dores articulares, de dores de cabeça sem causa aparente, de falta de vitamina B1 e de irritação do trato gastro intestinal. 
 
Mas o que podemos fazer para fugir dos sulfitos? Ao comprar damascos secos por exemplo, quanto mais escuros estiverem, melhor. Escolha aqueles que são caramelo-amarronzados. Os damascos clarinhos, amarelo-dourados, estão recheados de sulfitos. Infelizmente, as uvas passas e as ameixas, mesmo sendo escuras por natureza, contém sulfitos.
 
Não adianta olhar o rótulo do produto para ver se ele foi tratado com sulfito ou não. A legislação obriga a mencionar o sulfito somente a partir de 10 mg por quilograma do alimento. Logo, em um pacote de batatas descascadas, fatiadas e pré-cozidas, não encontraremos no rótulo a palavra “sulfito”, já que a quantidade usada pode estar um pouco abaixo das 10 mg por quilograma de batata. Mas pode ter certeza, ele está lá. Se não estivesse, as batatas não estariam clarinhas, com a aparência de que acabaram de ser cortadas.
 
Os rótulos podem também mencionar os conservantes pelos códigos, principalmente os do tipo “E”. Aqui vai uma pequena lista dos sulfitos que podem aparecer em forma de código nos rótulos:
 
E220: Dióxido de Enxofre
E221: Sulfito Sódico
E223: Metabissulfito Sódico
E224: Metabissulfito de Potássio
E226: Bissulfito de Cálcio
E227: Sulfito ácido de Cálcio
 
Para quem ficou triste em saber que seu alimento favorito é fabricado com a adição de sulfitos (exemplo: vinhos e espumantes em geral, frutas secas, carnes processadas) há uma boa notícia: basta adquirir o produto de produção orgânica (ou biológica). Eles não levam sulfitos na sua composição."
 
- Foto do jornal Sierramar 

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