Que o Dr. Franquelim Alves possa ter todas as competências e inteligência para desempenhar o cargo de Secretário de Estado isso nem discuto, até porque desconheço o seu curriculo verdadeiro, mas que o Governo, quando o escolheu para desempenhar essas funções, tinha que ter previsto o que agora está a acontecer, isso tinha.
E, com toda a sinceridade, acho que algum dos governantes, pesou muito bem toda a situação. Porém, não contou com o conhecimento de partidos como o PCP - tinha estado a ouvi-lo depor na Comissão sobre o BP - nem a capacidade de alguns jornais que investigam seriamente estas situações.
Tantas horas de televisão a discutirem e analisarem esta nomeação política, algumas com plenas rizadas, tanto se tem escrito e tanto que as redes sociais gozam com o facto de Franquelim Alves ter omitido no seu curriculo o ter passado pela SLN (Sociedade Lusa de Negócios) que detinha o BPN e que os portugueses têm de pagar muitos milhões de euros pela "trapalhada" financeira que foi comprovadamente feita pelos (i)responsáveis.
E, hoje, nova notícia sobre a biografia do Secretário de Estado do Empreendorismo pois, pelo que avança o JN, iniciou carreira aos 16 anos em empresa fundada 19 anos depois. Ou seja, começou a trabalhar como auditor e consultor da empresa internacional Ernst & Young». No entanto, esta foi fundada apenas em 1989.
Já uma vez aqui escrevi que, Cavaco Silva, na altura que desempenhava funções de Primeiro Ministro terá demitido um Ministro por uma anedota de mau gosto, que este teria contado ao microfone de uma rádio (eu ouvi a piada de mau gosto).
Comparando minimamente com o gesto de Cavaco Silva, o que se pode dizer é que este Governo não sabe o que é ética política. É mesmo uma questão de ética. Verticalidade. Transparência. Verdade.
Se o exemplo não é dado ao mais alto nível, como é que os políticos podem reclamar credibilidade? Pena é que muitos que sempre se empenharam com toda a convicção, com toda a alma na defesa dos cidadãos sejam prejudicados pela imagem de outros que só resistem porque este Povo que sempre foi ordeiro e embora roído e trilhado pela austeridade desmesurada, continua com esperança de que amanhã será um novo dia.
Todos sabemos que tínhamos de contribuir para o pagamento da dívida, mas não ao ponto de chegarmos ao ponto deste número de desempregado, na sua maioria jovens.
Também não se esperava que este ou qualquer Governo tratasse os pensionistas da forma como são e querem tratar. Homens e mulheres que toda uma vida descontaram tudo o que lhes foi exigido e, agora, até parece que têm de ser pedintes ou "sem abrigo", porque até o tal banqueiro acha que aguentamos!
Tenham vergonha, porque as coisas ultrapassaram os limites da decência humana e política. Basta!
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