Tudo estava preparado para que o primeiro ministro fosse inaugurar o hotel em Oleiros bem como outras instalações como as nova sede da filarmónica. Mas a crise rebentou muito seriamente. As medidas de austeridade que anunciou e as do ministro das Finanças, acabaram por levar a população à rua na maior manifestação desde 1974 sem ser marcada pelos partidos. E, para quem afirmou categoricamente na sua entrevista que não governava ao sabor das manifestações e que dialogava dialogava mas quem decidia era ele, as coisas não são nem vão ser nada assim.
As medidas de austeridade tomadas foram muito para além dos limites aceitáveis por uma população "bondosa". A TSU foi a espoleta, mas o corte os subsídios dos reformados e de "todos", foi a pólvora para os os milhares de "clics" no Facebbok, os milhares de SMS que se trocaram e o POVO em todo o país disse definitivamente NÃO.
Desacreditado como está e com uma coligação com o CDS que
há muito não vendia saúde, acaba agora de levar com um "machadada" política do seu Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas* que levou imediatamente o PSD a convocar reuniões para 2ª feira (Comissão Permanente) e 4ª feira à noite (Comissão Política Nacional), esta convocada por Passos Coelho e as duas destinam-se a analisar e discutir o conteúdo da comunicação do presidente do
CDS-PP, Paulo Portas, fez hoje uma intervenção sobre "as conclusões dos
órgãos internos daquele partido relativamente às medidas de consolidação
orçamental para 2012 e 2013" cujo conteúdo "não é indiferente para a
coligação e, porventura, para o próprio Governo".
A coligação está em perigo, mas Portugal não precisa destas crises. Se, por um lado o Primeiro Ministro afirmou categoricamente que jamais decidiria tais medidas sem que Paulo Portas concordasse, temos este a abalar a coligação embora anunciando algumas nuances.
O líder do PS, todos os parceiros sociais, analistas, políticos de craveira (acho que todos) avisaram da total discordância das medidas tomadas e anunciadas, Passos Coelho nem na entrevista na televisão melhorou a situação.
Seguro já afirmou que não está interessado numa crise no seio da coligação. Demarcou-se e ameaçou votar contra medidas como a TSU na Assembleia da República e, só por si, esta demarcação é um sinal evidente que Passos Coelho tem de recuar (caso contrário o consenso alargado perde-se e a imagem de Portugal na Europa fica bem pior), mas foi bem claro agora, que não está com pressa de ir para o Governo, que Portugal precisa de estabilidade e isso depende das cedências absolutamente necessárias do Primeiro Ministro.
Desacreditado perante a população como nunca chegou a imaginar, Passos não terá tempo para se deslocar a Oleiros precisamente no dia 19. Eu, Luís Mateus, vejo mais um outro ministro a substituí-lo na deslocação a Oleiros do que ele ir. Outros valores mais altos se levantam para esse dia.
Só se alterarem o dia da inauguração, mas.... a placa com nome e data já deve estar feita. Enfim, coisas que correm mal nestas circunstâncias.
Por mim não estava a contar de estar presente, por isso, vá quem for, eu fico por cá. Prefiro assim.
_________________________________
* «Claro que soube da medida, tive uma opinião diferente, alertei e defendi que havia outros caminhos. Mas não a bloqueei, porque fiquei inteiramente convencido que isso conduziria a uma crise nas negociações com a missão externa, à qual se seguiria uma crise no Governo, à qual se seguiria um caos, que levaria a desperdiçar todo o esforço já feito pelos portugueses», afirmou, em conferência de imprensa, depois de se reunir com os órgãos máximos do CDS-PP.
Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, a proposta de subida da TSU para os trabalhadores e de redução para as empresas «não está definida em todos os seus contornos» e o «Governo deve ter uma posição de abertura para avaliar a situação com os parceiros sociais e as instituições do país».
«Não direi absolutamente nada que prejudique a margem de manobra do Governo e da coligação» nessas negociações, acrescentou, referindo ainda que «é muito importante evitar a mera hipótese de recusa do Tribunal Constitucional».
Atualização em 18 de Setembro:
O Ministro Álvaro dos Santos Pereira é quem estará presente para VISITAR o excelente hotel que Oleiros terá em funcionamento a partir do dia 1 de Outubro.
_________________________________
* «Claro que soube da medida, tive uma opinião diferente, alertei e defendi que havia outros caminhos. Mas não a bloqueei, porque fiquei inteiramente convencido que isso conduziria a uma crise nas negociações com a missão externa, à qual se seguiria uma crise no Governo, à qual se seguiria um caos, que levaria a desperdiçar todo o esforço já feito pelos portugueses», afirmou, em conferência de imprensa, depois de se reunir com os órgãos máximos do CDS-PP.
Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, a proposta de subida da TSU para os trabalhadores e de redução para as empresas «não está definida em todos os seus contornos» e o «Governo deve ter uma posição de abertura para avaliar a situação com os parceiros sociais e as instituições do país».
«Não direi absolutamente nada que prejudique a margem de manobra do Governo e da coligação» nessas negociações, acrescentou, referindo ainda que «é muito importante evitar a mera hipótese de recusa do Tribunal Constitucional».
Atualização em 18 de Setembro:
O Ministro Álvaro dos Santos Pereira é quem estará presente para VISITAR o excelente hotel que Oleiros terá em funcionamento a partir do dia 1 de Outubro.
Sem comentários:
Enviar um comentário