“Pianos”, com texto e encenação do jovem natural de Proença-a-Nova, é apresentado no Auditório Municipal
Nelson Boggio está sozinho no palco. Os únicos adereços em cena são duas cadeiras, um quadro e latas de tinta vazias. Durante uma hora, em monólogo, irá conduzir o público por reflexões sobre a arte e o uso das novas tecnologias no teatro, sobre a existência e solidão humanas. “Pianos”, com texto e encenação do actor, é apresentado amanhã no Auditório Municipal de Proença-a-Nova, depois da estreia na Escola Superior de Teatro e Cinema, sedeada na Amadora.
A peça arranca com um pianista a tentar perceber se a razão do seu bloqueio artístico se deve à partida da mulher que, na sequência de uma relação atribulada, lhe deixa um bilhete de despedida na porta do frigorífico. E é através dos sucessivos telefonemas que Júlio vai recebendo – da mulher, do irmão, do professor de longa data… - que o público é conduzido até à solução, que surge de repente com o último telefonema da mulher.
Como explica Nelson Boggio, a interpretação vive muito da voz e postura adoptados nos vários telefonemas, “pois a forma como o personagem lida com cada uma das pessoas é notoriamente diferente”. Natural de Proença-a-Nova, Nelson Boggio terminou o mestrado em Encenação e, a par do teatro, outra das artes que desenvolve é a pintura. Recentemente expôs no bar do Auditório Municipal.
Com entrada gratuita, limitada à capacidade da sala, a peça “Pianos” está classificada para maiores de 12 anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário