Até final de Agosto está patente na galeria municipal exposição
de José Freire que mostra a sua arte em azulejo alicatado
Pedaços minúsculos de azulejo, escolhidos na tonalidade exacta, permitem recriar quadros impressionistas de Van Gogh ou criações coloridas de pop art. “O que pretendo mostrar é que também se pode pintar, esculpir e fazer peças tridimensionais com azulejo”, explica José Freire, artista plástico que até final de Agosto mostra a sua técnica na galeria municipal de Proença-a-Nova. A par de quadros, estão expostos objectos que revelam a diversidade temática e pictórica do autor.
Bancário de profissão, José Freire define-se como um autodidacta que
procurou inspiração na observação directa de diferentes técnicas, tendo viajado pela Europa para aprofundar a sua formação. Gaudi e o seu peculiar Park Guell, em Barcelona, é um exemplo dessa pesquisa, que serviu de ponto de partida para um percurso próprio. “Depois de ver, quis ter a minha própria forma de trabalhar.” Nos seus trabalhos, José Freire recupera a técnica alicatado, que esteve muito em voga nos séculos XVI e XVII. Começou por aproveitar restos de azulejos, mas actualmente manda fazer as cores que pretende. No atelier, chega a ter 20 a 30 tonalidades de uma cor, para conseguir o efeito pictórico exacto. “Tudo o que se faz com guache, óleo ou aguarela, pode fazer-se com azulejo”, sublinha.
Na mostra “Outra Arte em Azulejo Alicatado”, na galeria/cafetaria municipal, torna-se desde logo evidente que José Freire não tem uma expressão temática, mas uma diversidade de abordagens que têm como objectivo comum a divulgação da técnica. A par dos temas da sua autoria, abundam quadros inspirados em pintores famosos, de Van Gogh a Andy Warhol, passando por Almada Negreiros. Os mais complexos exigem cerca de dois meses de trabalho.
Natural do Fundão, José Freire tem atelier em Azeitão e já realizou dezenas de exposições, de que se destacam a Sala da Nora em Castelo Branco, o Salão de Arte e Cultura na Covilhã, o Edifício Sede da CGD, em Lisboa, a Galeria de Arte do Casino de Lisboa ou o Centro Hospitalar da Beira Interior, na Covilhã.
fonte: Município de Proença
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