GOVERNO APRESENTA LINHAS GERAIS DO ACORDO COM A TROIKA NUMA INTERVENÇÃO DESDE O PALÁCIO DE BELÉM
Depois se ter deslocado a Belém e ter falado com o Presidente da República, o Primeiro Ministro, ladeado pelo Ministro das Finanças, deu hoje uma entrevista sobre o acordo conseguido com a troika, começando por salientar as questões mais positivas desse acordo. “Não haverá corte do 13º e 14º meses aos trabalhadores e aos pensionistas nem serão substituídos parcial ou totalmente por títulos de tesouro” e continuou, afirmando que, não haverá cortes nos salários, o corte nas pensões será naquelas acima dos 1500 euros e , nas mínimas, vai até haver aumentos, como previsto. Não vai haver alteração na idades para passagem à reforma e não será privatizada a Caixa Geral de Depósitos. Quanto ao ensino, o Primeiro Ministro afirmou que “a escola mantem-se pública” e o mesmo se passa com a Segurança Social.
Nas suas palavras não foram encontrados pormenores, mas o momento era de apresentação de linhas essenciais do programa e descansar (por agora) os portugueses relativamente a tanta informação contraditória que tinha saído ultimamente na comunicação social.
Mais à frente, o PM afirmou ainda que havia cinco informações fundamentais e que resultam do acordo:
- A base do acordo foram as medidas do PEC IV, com algumas delas aprofundadas e algumas novas;
- Trata-se de um programa para três anos cujas metas de deficite são as seguintes: 2011 5,9% - 2012 4,5% - 2013 3,0% . Note-se que o aumento de dois para três anos para pagamento foi um resultado considerável;
- Não serão necessárias mais medidas orçamentais para 2011;
- As medidas para o mercado de trabalho baseiam-se, no essencial, no acordo tripartido celebrado em Março com os parceiros sociais, com desenvolvimento, também é certo, sobretudo nas áreas já sinalizadas no próprio acordo e que foi sempre de modo a preservar, integralmente, as relações laborais.
Seguidamente o PM aproveitou para fazer um reconhecimento público ao Ministro de Finanças, outros Ministros e técnicos que se envolveram tecnicamente para facilitar todo o trabalho que levou a este acordo.
No final fez um apelo a todos os portugueses e disse “Nenhuma nação vence sem confiança em si próprio e … nós vamos vencer esta crise”
Segue-se agora a consulta aos partidos os quais reagiram à intervenção do Primeiro Ministro:
Prof. Catrogra, afirmou “O Governo perdeu a batalha de que o PEC IV era a melhor solução para o país, o PSD foi essencial neste processo”. O CDS afirmou não ter ainda informações suficientes para se pronunciarem. Querem ver os pormenores e o PCP afirma-se contra afirmando que apresentarão medidas alternativas. O Bloco diz mesmo que “este acordo destrói a nossa economia”
O líder do PSD vai estar em entrevista amanhã depois do telejornal.
Não sendo ainda oficial, sabe-se que a ajuda será na ordem dos 78 mil milhões de euros.
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