Especialistas de quatro países europeus juntos
em mesa redonda que reflectiu sobre a
estratégia pós-quadro comunitário
O desenvolvimento rural só pode ser alcançado com a diversificação das actividades socioprofissionais, investindo em abordagens inovadoras que ultrapassem os apoios à agricultura. A opinião é de Gérard Peltre, autarca francês e presidente do Grupo Consultivo de Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia, um dos participantes na mesa-redonda que segunda-feira se realizou na sala de sessões dos Paços do Concelho, em Proença-a-Nova, com o objectivo de reflectir sobre o futuro dos territórios rurais depois do quadro comunitário que vigora até 2013.
Numa mesa em que se sentaram 12 especialistas ligados a organismos e associações que promovem o desenvolvimento local, oriundos de Portugal, França, Itália e Grã-Bretanha, foram debatidos problemas como a falta de estruturas para fixar jovens, a perda de competitividade da agricultura, o abandono rural e a incapacidade das escolas profissionais de fazerem a ponte com os territórios de baixa densidade.
Apesar da preocupação com o despovoamento, João Paulo Catarino, presidente da Câmara de Proença-a-Nova, deixou uma nota de optimismo quanto ao futuro. “Pessoalmente acredito que a globalização, que dá mais do mesmo, é uma oportunidade para produzirmos algo genuíno e diferenciado”, afirmou.
Promover o desenvolvimento rural e a melhoria das condições de vida das populações rurais é o principal objectivo da associação transeuropeia de cooperação “P&M – Pinhal do mundo”, que está em fase de constituição. Além da Pinhal Maior, são organismos fundadores a APURE-Universidades Rurais Europeias e o CRESM-Centro di Richerche Economiche e Sociali per el Meridione (Itália).
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