outubro 09, 2015

Dona Fernanda do restaurante "Maria Pinha" - um exemplo de vida

Vista exterior do restaurante "Maria Pinha" no
 complexo Desportivo de Oleiros
 

Um exemplo, uma vida de trabalho com muita dedicação, o gosto pelo trabalho que desenvolve e sempre com um sorriso estampado no rosto, deixo hoje aqui a minha referência a:

Maria Fernanda Moreira Antunes Martins Bispo, natural de Oleiros, filha de José Antunes e Maria Amália Moreira, já falecido

Nasceu em 1951 e casou com Henrique Sebastião Martins Bispo. Residem atualmente nos Quartos D’Aquem. Têm um único filho, Pedro Bispo que é casado com Anabela da Silva e deles têm dois netos: Tomás e Tiago de 6 e 10 anos, respetivamente. 


Uma vida de trabalho e dedicação:


Passou pelas escolas Paula Vicente (1º e 2ª anos) e Ferreira Borges (até ao 5º ano), Veio para o colégio Padre António Vieira para frequentar a Tele-escola numas instalações em Oleiros tendo, nessa altura, ficado hospedada em casa do mais conhecido por João Sacristão. Entrou depois, aos 22 anos de idade, na vida do trabalho iniciando-se numa loja em Lisboa durante 10 anos como empregada de balcão, cujo estabelecimento comercial pertencia a uns primos dela. Entretanto já tinha casado aos dezanove anos e foi para Castelo Branco onde se manteve dois anos e afirma que sempre gostou de costura e cozinha.

Aqui, na capital do Distrito, trabalhou como talhante e formou uma firma conjuntamente com sua cunhada Fernanda, daí a firma se chamar “Fernanda e Fernanda Ldª”. Aguentaram-se 14 anos mas, entretanto tiveram também uma churrasqueira durante quatro anos. Desfizeram a firma e foi então que a Dona Fernanda (para muitos Fernandinha) tomou conta de um talho na antiga praça da Devesa na cidade. Mas… infelizmente teve um acidente enorme na estrada que vai para Castelo Branco. Após recuperação, empregou-se no conhecido restaurante “Ti Lurdes” (ou seja Zé do Fóia). Como a praça fechou, o patrão Zé do Fóia tomou conta do refeitório da Portucel, onde esteve 12 anos, como cozinheira (fazia uma média de 295 refeições e ainda trabalhava no bar da empresa). Posteriormente, ainda trabalhou no “Porta do Ródão” durante dois meses até que veio parar onde hoje se encontra, em Oleiros, trabalhando também como cozinheira no que então se chamava restaurante “D. Urraca”. Segundo afirma, razões de incumprimento do ordenado que tinha estabelecido acabou por ir para o Fundo de Desemprego.
“Estando nesta situação desempenhei vários serviços até que, como tinha já a grande experiência de cozinheira, abri uma firma em nome individual e com a ajuda dos Fundos Comunitários - com a responsabilidade de abrirmos 4 ou 5 postos de trabalho - acabei por concorrer (por serem instalações camarárias) e ficar com o restaurante que pertencia ao sr. Libério porque, este, não podia continuar devido às consequências de um desastre” – afirmou a D. Fernanda e simpaticamente continuou a desenrolar o percurso que então fez: “atribuímos ao restaurante o nome de “MARIA PINHA”, nome que afirmámos em Oleiros como um restaurante de bom ambiente que foi crescendo cada vez mais, especialmente quando tivemos a ideia de colocar à disposição dos nossos clientes um bom serviço de self-sevice recorrendo mesmo a produtos biológicos.”
 

De acordo com o que também nos foi afirmado e eu próprio verifiquei variadíssimas vezes, este verão tem sido a afirmação, o objetivo praticamente atingido. Por este salão/restaurante passaram clientes habituais mas surgiram muitos outros. Pelo restaurante mais panorâmico da Vila de Oleiros passaram muitos artistas, Grupos musicais, entidades locais, distritais e nacionais. Muitas festas de Grupos, aniversários, festas dos 25 ou 50 anos de idade, participantes em provas desportivas realizadas no concelho e muitos, muito mais grupos de famílias e amigos aqui celebraram o dia que escolheram para festejar.
Tive acesso a um vasto álbum de fotografias onde muitos artistas e individualidades tiraram voluntariamente a foto com a Dona Fernanda. E não são poucas, não.
Este restaurante adere sempre a qualquer realização que as autarquias locais levem a efeito e, segundo esta empresária simpática e competente, sempre o fez com a intenção de colocar ao serviço das pessoas aquilo que de bom existe em Oleiros: boa comida.

1 comentário:

  1. Bonita homenagem e bem merecida! Espero que continue por muitos e bons anos, com a sua simpatia e com os seus bons cozinhados.

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