Hoje é dia de S. Valentim, dias dos namorados.
Não mais que um dia qualquer, porque para se oferecerem flores, trocarem beijos, carícias e abraços, todos os dias são do Valentim. É que se assim não for, se não houver namoro com amor, se não houver casamento com amor, as vidas deixam de ter sentido. Não é preciso caminharmos, cada vez mais, para centralizarmos numa data a expressa feita jantar ou rosas para se dizer que amamos. Este dia é como se diz pelo Natal - Natal é todos os dias, é sempre que o homem quiser.
Também a comercialização da celebração do dia dos namorados (ou casados, ou divorciados, ou solteiros) não passa disso mesmo: mais um dia que o comércio encontrou para ter mais alguma receita.
Mas tive hoje uma surpresa. A minha neta, com dez anos, veio ter comigo à cama e disse, "avô hoje é dia de S. Valentim". Segundo ela terei dado pouca importância à sua iniciativa e quando me dirigia para a levar à escola ela perguntou se podia comprar uma ou mais rosas na escola. Quando perguntei se este dia não era o dia dos namorados, ela respondeu-me com a sua voz deliciosa: É dos namorados mas também dos amigos. Na minha idade é de amigos. As rosas são para dar uma à mamã e à avô e também ao mano, papá e para ti.
Disse que comprasse, porque se assim é, fazia bem. Daqui a pouco volta ela com as flores toda contente. Porém, como fui sacudido com a lição dela, ainda vou comprar umas rosas bem bonitas para ela. E como o seu mano se chama Valentim até vai ser uma festa completa com amor, companhia e plena alegria. Afinal, estou rendido.
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