No passado dia 26 (Sábado) a Comarca da Sertã em Lisboa levou
a efeito um almoço homenagem a todos os
naturais dos municípios da Sertã, Vila de Rei, Proença e Oleiros, mas
especialmente às figuras seguintes figuras regionalistas:
Américo Pereiro de Almeida, da Gaspalha, Alvaro, Oleiros
José Ribeiro Farinha de Proença-a- Nova
José da Mata Vaz Serra do concelho da Sertã
Alberto da Silva Barata de Vila de Rei.
O salão esteve cheio de pessoas
que mais uma vez lhes foi servido o almoço regional por parte da firma Santos e
Marçal, da Sertã e foi motivo de reencontro para muitos pessoas destes quatro
concelhos que, desta forma, acabam por se aproxima cada vez mais.
Foi no final do almoço que teve
lugar a cerimónia de homenagem, tendo o
Presidente da Direção da Casa Eng. Pedro Amaro explicado a forma como iria
decorrer a cerimónia e tecendo algumas considerações gerais sobre as figuras em
destaque para homenagem. Tendo em conta que estavam presentes autarcas de Câmaras
Municipais, nomeadamente, os Vice
Presidente, João Manuel Ventura Gil de Melo Lobo e o Vereador da Cultura da CM
de Proença, João Pereira Crisóstomo Manso o primeiro usou da palavra numa
intervenção sucinta mas suficiente onde usou palavras para salientar a figura
do pintor José Alberto Farinha afirmando
mesmo que se trata “de um embaixador vivo da cultura de Proença”. Informou também
que o Presidente da CM não estava presente porque teve de se deslocar ao Brasil.
Câmara de Oleiros atribui
medalha do Município
a Américo Pereira de
Almeida
Seguidamente foi dada a palavra
ao Presidente da CM de Oleiros, José
Santos Marques, que numa intervenção de reconhecimento pela pessoa e obra
regionalista de Américo Pereira de Almeida (ausente da sala por motivos de
saúde, mas representado pelo seu filho) lembrou o empenho e papel importante que o homenageado dedicou à causa pela
construção da Ponte sobre o Zêzere, que hoje é conhecida por ponte de Álvaro.
Nessa altura era então José Marques Vereador da Câmara e o Presidente Fernando
Luís (já falecido), a quem JM atribuiu um excelente trabalho na defesa da
construção da ponte “pois
deslocava-se ele frequentemente aos Ministérios sempre acompanhado de pessoas da Comissão, inclusive representantes da Pampilhosa da Serra” . Foi uma obra que marcou, que ficou e é muito útil, adiantou o autarca. Lamentando a situação de pouca saúde do homenageado e salientando o seu exemplo de empenho, carácter e regionalista, disse que naquele momento ia entregar ao filho a medalha do município, por isso ter sido deliberado em reunião de Câmara. Assim foi feito.
deslocava-se ele frequentemente aos Ministérios sempre acompanhado de pessoas da Comissão, inclusive representantes da Pampilhosa da Serra” . Foi uma obra que marcou, que ficou e é muito útil, adiantou o autarca. Lamentando a situação de pouca saúde do homenageado e salientando o seu exemplo de empenho, carácter e regionalista, disse que naquele momento ia entregar ao filho a medalha do município, por isso ter sido deliberado em reunião de Câmara. Assim foi feito.
Foi a vez então de intervir o autarca da Sertã, da Assembleia
Municipal, Celso Fernando Martins da Silva. Falou, evidentemente do Dr.
Alberto Barata, considerando-o “um cidadão de corpo inteiro, com muita integridade
valor, rigor ético e dignidade”. Afirmou
também que o mesmo “ultrapassou as
fronteiras do regionalismo”. Falou do homenageado com conhecimento e aproveitou
para tecer algumas considerações acerca dos outros homenageados. Quanto a
Américo Pereira de Almeida, entre outras coisas, disse: “um dia levou-me a Álvaro
e fiquei seduzido com a beleza local. Ainda hoje gosto muito. Foi um homem que viveu sempre com Álvaro
debaixo do braço.” Já quanto a José Mata Vaz Serra, rasgou-lhe os maiores
elogios, “precisamos de homens visionários como ele, se aparecessem homens como
este, teríamos dias melhores”. Sentindo-se “como peixe na água”, Celso Fernando
da Silva, falou com conhecimento terminando com a afirmação de que “estamos
aqui para sublinhar não só um momento de
certa amizade, mas também um acto de
amor”.
Pedro Amaro, presidente da CCS
que presidia, perguntou então se algum dos presentes queria falar sobre os
homenageados. Manuel Cunha (Amieira –
Oleiros) interveio com a sua simplicidade mas muita precisão e conhecimento,
utilizando um bloco de postits na mão, teceu boas considerações sobre o amigo
regionalista dinâmico Américo Pereira de Almeida. Considerou-o “o pilar nº 1 na
defesa da construção da ponte”, falou de vários episódios demonstrativos desse
facto afirmando que “a carteira de APA andava sempre à frente”. Indicou vários
exemplos. “Este homem de Janeiro de Cima, mas que casou para a Gaspalha, fez há
um mês 79 anos e infelizmente não podemos contar com ele aqui presente, o que
lamentamos” – disse. É uma honra estar hoje na cerimónia que o homenageia.
Depois de de dizer uma frase que repete algumas vezes “os amigos não se
compram, não se vendem, estimam-se” terminou dizendo que não sendo de Oleiros,
casou e adotou logo esta terra como sendo também a dele e quanto ao
regionalismo (que estava em homenagem nesse dia) afirmou, “entrei no
regionalismo como uma mosca cai numa teia de aranha, nunca mais de lá sai”. O
Manuel Cunha é mesmo assim. Gosta e pratica.
Falou ainda Irene Cardoso para
enaltecer o pintor José Alberto Farinha, dizendo que quando era miúda sentia,
como outros que ser pintor naquela terra era assim “uma pessoa distinta”. Um
pintor de cores fortes, uma pessoa que, para ela, sem dúvida nenhuma merecia
ser homenageada. Fez sentir a importância de haver momentos destes onde se pode
reconhecer figuras como os estavam a ser homenageados.
A Entrega das Medalhas
Finalmente o Presidente da “Casa”
fez a entregue das placas comemorativas da homenagem a três dos homenageados e
ao filho do Américo de Almeida.
E as concertinas que chegaram
atrasadas, mas os tocadores não desistiram
Mário Oliveira da Sertã
Luís Cardiga de Vila de Rei
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