outubro 17, 2011

Entrevista a Ana Filipa Esteves - Oleiros

Ana Filipa

    A Ana Filipa Nunes Esteves é uma moça bem conhecida em Oleiros. A sua excelente integração no grupo muito alargado de amigas(os) e também na família a que pertence faz dela a razão de escolha para ser a primeira de uma série de pequenas entrevistas, pretendendo demonstrar como os mais jovens vêem Oleiros, a sua vida presente e o futuro. Não deixaremos de visitar as suas histórias, as suas vivências, sempre que se proporcione.

Dizia-me um dia Horácio Esteves, quando esta sua filha única andava a estudar: “não é fácil aguentar toda esta despesa, mas farei das tripas coração para lhe proporcionar os estudos até onde ela queira e possa ir porque a Filipa é inteligente”. E fê-lo, conjuntamente com a mãe (Maria Teresa Mateus Nunes Esteves) que sempre foi uma das boas funcionárias na “fábrica dos bonecos”.
   Hoje já não há deslocações, nem rendas de casa a pagar em Évora. E ela trabalha, de forma efectiva, numa grande empresa da região, portuguesa e até Ibérica, “José Afonso & Filhos S.A.”. Desempenha as funções  de contabilista há dois anos na empresa já que é Licenciada em Economia pela Universidade de Évora. Quando lhe perguntei se gostava do que fazia, a resposta foi rápida “adoro”
Diz-me a Filipa que terminou o curso há dois anos e meio, com quatro anos de curso sem repetição, tendo iniciado o seu percurso estudantil nas escolas de Oleiros, nomeadamente na escola Padre António de Andrade. Estamos a falar de uma jovem de 24 anos que nasceu e mora em Oleiros

vamos então a algumas questões Filipa:

L.M. - Então... gostaste do teu curso e foi determinante para o teu trabalho?


A.F. - Adorei o curso. É sempre preciso dedicação ao estudo mas sim, gostei muito. Foi muito determinante para o meu emprego porque, se não fosse nesta área, pelo menos na empresa onde trabalho, teria muito menos hipóteses. Quando trabalhamos no que gostamos sentimo-nos felizes.

L.M. – Além do trabalho, costumas colaborar com alguma associação oleirense?

A.F. – Fui dançante no Rancho Etnográfico e Folclórico de Oleiros durante quatro anos  (um bom rancho como sabe) e, agora, pertenço à Direção desempenhando o cargo de tesoureira.

LM – Praticas desporto nalguma modalidade com regularidade?

A.F. - Gosto muito de natação. É das actividades desportivas que mais aprecio. Depois vou quando posso ao ginásio. Nunca pensei em participar em provas desportistas, pois nunca fui muito adepta de competições. Gosto apenas de fazer exercício e não ganhar alguma coisa com isso, a não ser saúde!

LM  - sim, mas dizem-me que és uma excelente nadadora…

A.F. - Nado bem, mas nunca pensei realmente entrar em provas desportivas e antes também não se organizavam muito. Agora as piscinas estão com uma dinâmica muito boa especialmente em formação. São muito boas.

LM – Então qual é a frequência que te leva a desfrutar das Piscinas Municipais?

A.F. - Depende. Nunca são certos os dias que vou. Normalmente vou duas vezes ao ginásio e três às piscinas, por semana.

LM – Natação água, água praia. Oleiros tem agora maravilhosas condições para se passarem férias, mas costumas dar um salto até à praia nas férias?

A.F. - Gosto muito de passar férias na minha terra, pois é precisamente na altura das minhas férias que chega a tão esperada festa de Santa Margarida e onde se reúne muita gente em Oleiros. Muito movimento para além do normal. Também costumo passar uma semana na praia. Mas não em Oleiros, claro. O verão em Oleiros, com tantas festas, amigos e família é o máximo.

LM – Ao gostares tanto de Oleiros, que razões salientas para isso?

A.F. - Gosto sobretudo da evolução que tem havido nos últimos tempos. Nomeadamente no sector de lazer, piscinas, ginásio, actividades ao ar livre, etc…promovidas tanto pela Câmara Municipal, como pelas associações. Tudo isto motiva os habitantes da região a sentirem-se cada vez melhor na sua terra e trás também motivação, não só aos jovens, como também aos adultos na prática de exercício físico
.
LM - Como prometi a entrevista é pequena. Por isso, encerramos com mais esta questão: que mensagem queres dar aos jovens desta zona, deste teu tempo ou mesmo aos mais novos?

A.F. -  Aos mais pequenos deixo a seguinte nota: Nos tempos que correm, devemo-nos agarrar mais aos nossos valores e às nossas raízes, pois são com elas que nos desenvolvemos e conseguimos as nossas conquistas. Tenho pena de saber que cada vez mais, os nossos jovens saem da nossa escola sem terminar em Oleiros o secundário. Têm que ir para fora do nosso concelho para o fazer. Tanto incentivados pelo desejo de frequentarem outras áreas que aqui não existem, mas também para sentirem o gosto da “liberdade prematura”. A liberdade que se sente quando saímos para estudarmos no ensino superior. Se temos condições para dar aulas numa área específica, acho que deveríamos aproveitar essa oportunidade. Em certa parte, os pais dos jovens são responsáveis por deixarem os filhos ir estudar para fora, sabendo que existe na nossa escola a área que os filhos “desejam” estudar. Devido a esta bola de neve, outros jovens que querem realmente continuar na nossa escola, não o poderão fazer, pois não têm colegas suficientes para formar uma simples turma.

17 de Outubro de 2011
                                                                  Entrevista de: Luís Mateus

Sem comentários:

Enviar um comentário