Tertúlia da AHRESP
juntou empresários...
Com um estilo de vida mais humanizado, o Pinhal Interior Sul
deve
preservar os seus valores que “constituem fatores de atração
turística
que podem dar origem
a produtos turísticos que vão ao encontro da
procura atual”
De acordo com o que se pode ler no site do Município de Proença-a-Nova, "O número de turistas no concelho de Proença-a-Nova e na região Centro
irá aumentar significativamente nos próximos anos, considera o
presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova que se baseia nos dados
atuais do turismo a nível nacional. “O difícil foi trazer os turistas
até Lisboa e Porto e, na próxima visita a Portugal, vão querer conhecer o
resto do país”, afirma João Paulo Catarino. O mais recente estudo
realizado pelo Turismo de Portugal revela que 93% dos turistas
questionados tem intenção de voltar a Portugal nos próximos três anos.
O desafio será agora motivar os turistas a visitar outros locais de
interesse na Zona Centro para além dos destinos já consolidados de
Fátima, Coimbra e Aveiro. “Se forem dadas competências e verba às
comunidades intermunicipais pode ser feito um trabalho diferente a este
nível”, adianta o também presidente da Comunidade Intermunicipal da
Beira Baixa. João Paulo Catarino considera fundamental que a promoção da
região seja feita ao nível do território e não do concelho pois nenhum
concelho tem força suficiente para se promover de forma isolada.
As políticas de turismo local e o planeamento estratégico foram um dos
temas abordados na tertúlia que a AHRESP – Associação da Hotelaria,
Restauração e Similares de Portugal promoveu esta segunda-feira, 28 de
setembro, no Hotel das Amoras, destinado a empresários destas áreas de
atividade. Na sua intervenção, o antigo secretário de Estado do Turismo
Licínio Cunha apontou o turismo como uma das possíveis atividades que a
região pode desenvolver para criar riqueza e emprego.
Com um estilo de vida mais humanizado, o Pinhal Interior Sul deve
preservar os seus valores que “constituem fatores de atração turística
que podem dar origem a produtos turísticos que vão ao encontro da
procura atual”. O também economista e professor catedrático convidado da
Universidade Lusófona recordou que 26% dos europeus escolhem os
ambientes naturais como destino turístico e 45% atribuem importância à
cultura, às tradições e ao estilo de vida local. “Os turistas querem
novas experiências, memoráveis e únicas e querem saber que é autêntico.
Procuram a experiência e a autenticidade”.
Na sua perspetiva, não é o turismo que irá resolver o problema da
desertificação no interior do país, mas pode ser um importante
instrumento a utilizar nesse sentido. A finalizar, Licínio Cunha
apresenta o conceito de turismo comunitário, já implementado em países
europeus, assente em “exploração turísticas de pequena dimensão em que a
população local assume a iniciativa de dinamização dos recursos
locais”.
O vice-presidente da AHRESP, Júlio Fernandes, abordou a questão da
restauração, frisando ser fundamental para o sector que o IVA retorne
aos 13% tendo em conta o número de empresas – essencialmente familiares –
que tiveram de encerrar também por esse motivo. Na sua intervenção deu
os parabéns ao Município de Proença-a-Nova pelo seu Sistema Municipal de
Segurança Alimentar que presta um serviço a microempresas do concelho
na implementação de sistemas HACCP (Análise de Perigos e Controlo de
Pontos Críticos)."
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