Vista exterior do restaurante "Maria Pinha" no
complexo Desportivo de Oleiros
Um
exemplo, uma vida de trabalho com muita dedicação, o gosto pelo trabalho que
desenvolve e sempre com um sorriso estampado no rosto, deixo hoje aqui a minha
referência a:
Maria
Fernanda Moreira Antunes Martins Bispo, natural de Oleiros, filha de José Antunes
e Maria Amália Moreira, já falecido
Nasceu
em 1951 e casou com Henrique Sebastião Martins Bispo. Residem atualmente nos
Quartos D’Aquem. Têm um único filho, Pedro Bispo que é casado com Anabela da
Silva e deles têm dois netos: Tomás e Tiago de 6 e 10 anos, respetivamente.
Uma vida de trabalho e
dedicação:
Passou
pelas escolas Paula Vicente (1º e 2ª anos) e Ferreira Borges (até ao 5º ano),
Veio para o colégio Padre António Vieira para frequentar a Tele-escola numas
instalações em Oleiros tendo, nessa altura, ficado hospedada em casa do mais
conhecido por João Sacristão. Entrou depois, aos 22 anos de idade, na vida do
trabalho iniciando-se numa loja em Lisboa durante 10 anos como empregada de
balcão, cujo estabelecimento comercial pertencia a uns primos dela. Entretanto
já tinha casado aos dezanove anos e foi para Castelo Branco onde se manteve
dois anos e afirma que sempre gostou de costura e cozinha.
Aqui,
na capital do Distrito, trabalhou como talhante e formou uma firma
conjuntamente com sua cunhada Fernanda, daí a firma se chamar “Fernanda e
Fernanda Ldª”. Aguentaram-se 14 anos mas, entretanto tiveram também uma
churrasqueira durante quatro anos. Desfizeram a firma e foi então que a Dona
Fernanda (para muitos Fernandinha) tomou conta de um talho na antiga praça da
Devesa na cidade. Mas… infelizmente teve um acidente enorme na estrada que vai
para Castelo Branco. Após recuperação, empregou-se no conhecido restaurante “Ti
Lurdes” (ou seja Zé do Fóia). Como a praça fechou, o patrão Zé do Fóia tomou conta
do refeitório da Portucel, onde esteve 12 anos, como cozinheira (fazia uma
média de 295 refeições e ainda trabalhava no bar da empresa). Posteriormente,
ainda trabalhou no “Porta do Ródão” durante dois meses até que veio parar onde
hoje se encontra, em Oleiros, trabalhando também como cozinheira no que então
se chamava restaurante “D. Urraca”. Segundo afirma, razões de incumprimento do
ordenado que tinha estabelecido acabou por ir para o Fundo de Desemprego.
“Estando
nesta situação desempenhei vários serviços até que, como tinha já a grande
experiência de cozinheira, abri uma firma em nome individual e com a ajuda dos
Fundos Comunitários - com a responsabilidade de abrirmos 4 ou 5 postos de
trabalho - acabei por concorrer (por serem instalações camarárias) e ficar com
o restaurante que pertencia ao sr. Libério porque, este, não podia continuar
devido às consequências de um desastre” – afirmou a D. Fernanda e
simpaticamente continuou a desenrolar o percurso que então fez: “atribuímos ao
restaurante o nome de “MARIA PINHA”, nome que afirmámos em Oleiros como um
restaurante de bom ambiente que foi crescendo cada vez mais, especialmente
quando tivemos a ideia de colocar à disposição dos nossos clientes um bom
serviço de self-sevice recorrendo mesmo a produtos biológicos.”
De acordo com o que também nos foi afirmado e eu próprio
verifiquei variadíssimas vezes, este verão tem sido a afirmação, o objetivo
praticamente atingido. Por este salão/restaurante passaram clientes habituais
mas surgiram muitos outros. Pelo restaurante mais panorâmico da Vila de Oleiros
passaram muitos artistas, Grupos musicais, entidades locais, distritais e
nacionais. Muitas festas de Grupos, aniversários, festas dos 25 ou 50 anos de
idade, participantes em provas desportivas realizadas no concelho e muitos,
muito mais grupos de famílias e amigos aqui celebraram o dia que escolheram
para festejar.
Tive acesso a um vasto álbum de fotografias onde muitos
artistas e individualidades tiraram voluntariamente a foto com a Dona Fernanda.
E não são poucas, não.
Este restaurante adere sempre a qualquer realização que as
autarquias locais levem a efeito e, segundo esta empresária simpática e
competente, sempre o fez com a intenção de colocar ao serviço das pessoas
aquilo que de bom existe em Oleiros: boa comida.
Bonita homenagem e bem merecida! Espero que continue por muitos e bons anos, com a sua simpatia e com os seus bons cozinhados.
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