De forma repetida somos surpreendidos por notícias de acontecimentos brutais, horríveis em toda a sua profundidade, maquiavélicos. São pais(?) a matar filhos, mães(?) a fazer o mesmo chegando a escortejá-los para esconder os crimes da polícia e da humanidade, são padratos madrastas e tios e outros sem relação parental. Há poucos de nós que não ficam transtornados com a verdade dessas notícias, há sempre um desabafo de "Nossa Senhora!", "eu matava aquele tipo" e outros que é melhor não reproduzir. As polícias não descansam enquanto não encontram as provas e, poucos criminosos ficam sem a punição pelo que fizeram. Doentes, dirão uns, "inimpatado" se alega em tribunal, mas infelizmente os crimes já foram cometidos. Pessoas que morreram, sofreram, desaparecem.
Por isso pergunto: por onde andam os valores da vida? Que (des)humanidade é esta? A Judiciária, que realiza um espantoso trabalho, parece sossegar-nos sempre que descobre as provas e leva os criminosos a tribunal, mas estamos a falar do "depois de", porque "antes de" muitos de nós também andamos distraídos com comportamentos comprometedores e estranhos à nossa volta e os "Chicos espertos" diambulam com um pé na sociedade e o corpo fora. Quantas vezes não deixamos cair uma lágrimas pela vítimas? Quantas vezes nos deixamos levar pelo pressentimento que "isso só acontece aos outros"?
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