Realizou-se no dia 23 de maio, no
auditório da Casa da Cultura, mais uma Hora do Conto mensal, desta vez
resultante da adaptação livre do texto original da história “ A Amendoeira e o
Passarinho Zebedeu”, da autoria de Rosário Alçada Araújo e dirigida às crianças
do ensino pré-escolar da freguesia de Oleiros.
O conto falava da insatisfação do
Passarinho Zebedeu (Ana Luzia Martins) que achava “tudo uma chatice: partir em
busca de comida, chilrear, voar, escapar aos caçadores. Apesar da insistência
da mãe para o facto de já ser crescido e ter de lutar sozinho pela sua
sobrevivência e convívio com os restante animais da Mãe Natureza, o Passarinho
Zebedeu achava que o ideal era haver na floresta um ninho gigante para poder aí
permanecer com os seus amigos e ao qual todas as mães levassem nos seus bicos a
comida necessária”.
Ora, os seus pedidos não foram
atendidos e Zebedeu estava constantemente a queixar-se da vida. “Porque não ser
uma árvore, dizia, que não sai do seu lugar nem se cansa como ele na luta
diária”. Junto ao ramo da árvore que suportava o seu ninho, estava uma linda
Amendoeira em Flor (Helena Lopes) que cansada e revoltada com tantos lamentos
disse a Zebedeu: ‘Caro amigo, não podes ser tão exigente com a vida. Na
verdade, não saio do meu lugar porque alimento-me através das minhas raízes,
mas estou sempre pronta a compensar a Natureza por este facto – na Primavera
encanto com flores e no Verão ofereço amêndoas e a sombra a quem a procura.
Devias sentir-te feliz, por exemplo, pelo simples mas tão apreciado chilrear
que todos apreciam. Zebedeu, o passarinho descontente reconheceu que a
Amendoeira tinha razão. Afinal, quando nascemos temos de aceitar o que a Natureza
nos reserva, lutar por nós e pelos outros. Só assim, o mundo poderá ser mais
encantado.
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