1 –
Senhora dos Remédios na Sertã
Neste período em que em Oleiros,
parece que ficamos todos cheios de festas (Feira e Festa), mesmo assim, não
deixo de acompanhar as que se vão realizando nos arredores e as principais
noutros concelhos. Outras, porque coincidem nas datas, nem consigo ir. Mas,
optei, mais uma vez, por ir à Senhora dos Remédios à Sertã. Festa com fogo-de-artifício
e muito religiosa. O problema (aqui como em todas) é o estacionamento que não
abunda. Mas quanto às caraterísticas da festa, ao seu santuário muito bem
concebido e digno de ser visitado, vale a pena a deslocação numa dúzia de
minutos, desde Oleiros, e ir a esta festa. Rostos conhecidos, uma procissão
bonita, um arraial a chamar a atenção do turista.
Para o amigo José Luís e esposa
Paula Antunes, do comércio “Estrela de Santo Amaro” bem como toda a família que
nos ofereceu o jantar e nos proporcionou, como sempre um excelente jantar, os
nossos agradecimentos. A dívida ficou alta para o meu lado, mas tentarei um dia
destes oferecer-lhes o que merecem aqui por Oleiros.
Na Sertã vivem pessoas que para
mim são muito importantes como a minha sobrinha Neri e Célio, a afilhada
enfermeira Donzília e os seus pais José Alves e Gracinda. Com outros estive
noutros momentos e com os últimos estarei brevemente.
2 - Na Senhora dos Remédios em Sendinho da Senhora
Um povo muito bairrista e que
continua a não dispensar a realização dos seus festejos outrora com mais
visitantes, mas ainda bastante importante para as pessoas que ali vivem e
muitas que regressam ao seu ninho nesta época.
Um arraial pequeno mas muito
maior que já foi. Com dois palcos, um bem grande (por onde passaram “São e
Salvos” e “Ganda Banda”) e outro mais pequeno onde, nesse dia, atuava o nosso Miguel
Agostinho.
Aqui é que se conhecem mesmo
todos os rostos já que, as famílias são poucas mas com muita gente. E os pais
ou avós são gente que bem conhecemos. Uma festa amena, até na temperatura.
Continuem.
3 – Festa em honra da Senhora da Paz – Milrico (Oleiros)
Este ano, esta festa que se
realiza a 5 km de Oleiros, só se realizou porque dois voluntários puseram mãos
à obra e ergueram-na com o brilho de outros tempos, mas também não se precisa
de mais. De cinco dias passou a dois, o suficiente e, segundo nos afirmou o
amigo José Esteves das Várzeas, “não podíamos deixar morrer isto. Não temos de
elevar a festa aos níveis que já estava, são outros dias, outros tempos e
ninguém quis pegar na bandeira o ano passado.”Tentámos simplificar máximo, mas
mostrar que, com algumas ajudas é possível haver festa do Milrico”. E assim
foi. Por mim gostei e pena foi que mais pessoas não tenham estado no domingo na
festa. Ao sábado, o arraial estava cheio e muitos dançavam.
Diz-se por aqui que festa para
dançar é a do Milrico porque todas as pessoas daquela povoação e dos povos
vizinhos dão um pé de dança. É uma festa animada. No primeiro dia conjunto, no
segundo, Tiago Silva mas com Banda. Encheu o arraial de som do bom e
suficiente. Um amigo de todos e tocando as canções que melhor se adaptam para o
baile. Verdade se diga que, em outros anos, o som das Bandas era tão alto e
forte que ninguém conseguia fazer-se ouvir. Todos falavam ao ouvido uns dos
outros. Por isso, o Barata e o José
Esteves têm o nosso apreço e fica de exemplo para outras pessoas.
Não complementar que ainda tinham
no coreto Abílio Alves das Sardeiras.
Já se não entende é que, devido a
algumas tricas que não as quero integrar nesta nota, se passe de ano para ano e
não haja festeiros. Depois da “guerra” da separação do pessoal destes povos com
os da Vila de Oleiros (Santa Margarida), ter-se erguido uma capela e ter-se
investido tanto dinheiro no arraial (a própria Câmara Municipal) e cheguemos a
esta situação.
Não precisamos de festas que
rivalizem com a de Oleiros – esse foi o erro de muitos – mas a crise e outros
fatores (cada vez somos menos) leva a que se volte a repensar este tipo de
festas em determinadas terras. Não sou eu, nem qualquer outro de fora que o
deva dizer, mas só com a humildade que carateriza estes povos se pode continuar
a contar com as nossas festas. Não são de 5 dias? Nem de 4 ou três? Então que
seja de dois ou um, mas que haja festa, porque são oportunidades de reunião de
famílias que muitas vezes se encontram dispersos por esse mundo e que procuram
estes dias de verão para se deslocarem a Oleiros.
Ah e para terminar esta
intervenção, dizer que ainda hoje há festa em Cambas e a esta não consegui ir
mas costumo. No próximo domingo temos a do Orvalho (problemas parecidos com a
do Milrico), a da Amieira e a do Sobral.
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